Após sofrer denúncias na Câmara Municipal e ser acionado
pelo Ministério Público Estadual, o prefeito de Pinheiro, Filuca Mendes,
começou a retaliar a presidente do Sindicato dos Professores Municipais de
Pinheiro (SINPROSEMP), Dinele Ribeiro. Segundo os sindicalistas, o objetivo é
intimidar os servidores e reduzir o papel Sindicato, responsável por
desencadear uma greve em outubro e denunciar o mau uso do dinheiro público da
educação.
A professora Dinele, alvo dos ataques dos aliados políticos
do prefeito Filuca, foi uma das responsáveis pela coordenação da greve que paralisou
a rede municipal por semana no mês de outubro. A dirigente encabeçou a luta
pela aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, a gratificação para
educadores em salas superlotadas e gratificação por deslocamento.
Acordo não honrado. Para encerrar o movimento, o prefeito
chegou a se comprometer em fornecer a folha de pagamento do município ao
Sindicato. O documento seria analisado pelos educadores para ter a dimensão do
quadro financeiro da cidade e projetar a possibilidade de reajuste salarial e
gratificações.
Porém, após o reinício das aulas, em vez honrar os
compromissos assumidos com o SINPROSEMP, o gestor deflagrou várias perseguições
contra os educadores que não foram às salas de aula na greve. Uma das frentes
busca pedir o afastamento da professora Dinele, o que desarticularia a
organização dos trabalhadores e assustaria a categoria a fazer novos protestos
na cidade.
De acordo com as denúncias, o prefeito trabalha com
diretores indicados para a formulação de um abaixo-assinado, no qual cobra a
suspensão imediata da professora das suas funções.
Mesmo com as perseguições, a coordenadora do Núcleo do
SINPROESEMA em Pinheiro, Leonizia Rodrigues, que acompanha a luta na região,
reafirma que os trabalhadores não vão se intimidar diante das perseguições e
prometem reforçar ainda mais a luta pela valorização salarial no município
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Dinelli uma Guerreira |
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