Blog do Wellington Rabello
A ordem para execução e degola de quatro dos seis presos mortos em rebelião na delegacia de Pinheiro (região da Baixada), no início do mês, partiu de um detento da Penitenciária de Pedrinhas, e chegou por celular. A superlotação da delegacia seria o pretexto para esconder rixa de dois líderes do motim com um terceiro colega de cela.
As afirmações são de um preso e constam em termo de audiência, com depoimento tomado em 11 de fevereiro, e que teve como testemunhas um juiz que responde por comarca da Baixada e uma advogada.
O termo chegou ao corregedor-geral da Justiça, Antonio Guerreiro Júnior, e foi mostrado ao presidente da OAB-MA, Mário Macieira, nesta sexta-feira, 18. Ambos se disseram estarrecidos com a narrativa em detalhes da rebelião.
Sabe-se pelo depoimento que a chegada de presos de Cururupu teria alterado radicalmente o dia-a-dia da cadeia em Pinheiro. O clima calmo se transformou em estopim e pólvora pela imposição das lideranças “de fora”, alguns com temperamento violento ao extremo.
Durante a revolta na delegacia, um dos líderes teria morto um taxista, arrancado um dos olhos e o jogado na entrada do corredor das celas. Um segundo chefe da revolta teria assassinado e bebido o sangue de um “idoso baixinho e moreno”. Uma família teria sido obrigada a pagar resgate para que um preso comum não morresse.
O corregedor informou ao presidente da OAB-MA que vai encaminhar o documento à presidência do Tribunal de Justiça, órgãos estaduais da Justiça e ao Conselho Nacional da Justiça (CNJ).
(Com informações da assessoria de comunicação da CGJ)
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