sábado, 19 de fevereiro de 2011

ESCOLAS DO CRIME



Mais uma vez, paira sobre as cabeças da população pinheirense a sombra da construção de um presídio em Ponta de Santana. Impulsionada pela barbárie ocorrida na segunda-feira (7) que culminou com a maior e mais sangrenta rebelião da historia de Pinheiro, quando seis detentos foram mortos pelos “companheiros” de cela, quatro tendo suas cabeças decepadas e exibidas como troféu pelos demais presos.
As alas pró e contra já começaram os embates mostrando suas justificativas e razões em defesa de suas teses; quem tem como debater, debate, quem não tem alega o lado político ou busca culpados, alegando ser o presídio a solução! O curioso é que essas mesmas pessoas eram ferrenhas defensoras da não construção do presídio em Pinheiro, há exatos três anos atrás, o que, sim, poderia ter evitado essa carnificina.
Outro fato que vejo e serve para mostrar o posicionamento contrário da comunidade de Pinheiro com relação ao presídio é que ninguém apresenta um estudo mostrando que a construção de presídios resolve, pelo contrario, eles mostram exatamente o oposto e se apresentam como verdadeiras “Universidade do Crime”.
Prova disso é o principal líder da rebelião, José Ramiro, ele que era um conhecido assaltante dos bairros de Pacas e Maranhão Novo, hoje depois de passar pela “escola do crime” figura como um meliante frio, perigoso capaz de cantar enquanto exibe a cabeça de uma das suas possíveis vitimas.
A solução do falido Sistema Penitenciário estaria numa idéia errônea do Secretário da Saúde, que quis descentralizar a saúde no estado com a construção de 64 hospitais o que não vai funcionar, é só vê que recentemente foi inaugurado um hospital em Santa Helena, mas a ambulância não sai da porta do hospital de Pinheiro, trazendo pacientes. Ora, mais o que isso tem a ver com a construção dos presídios?
Simples; porque eles não constroem dezenas de pequenos presídios municipais e pelo menos cinco grandes presídios de segurança media a máxima e de preferência em ilhas. Como sugestão iniciando o primeiro na ilha de Curupu. A cidade de Pinheiro só aceita passivamente a construção de um presídio se for exclusivo para criminosos de colarinho branco, graças a nossa Justiça com certeza não haverá superlotação e quiçá presos.

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