O oligarca José Sarney fez questão de tomar para si o controle da Polícia Federal com o objetivo claro de tentar voltar ao poder, no Maranhão, utilizando a instituição para perseguir o seu principal adversário: Flávio Dino. O sonho dele é a reedição de um caso Lunus, desta feita contra o atual governador.
Em abril de 2002, a Polícia Federal deflagrou operação na sede da empresa Lunus Participações, da qual o marido de Roseana Sarney, Jorge Murad, era sócio. No local, foram apreendidos caixas de documentos e R$ 1,34 milhão em espécie, valor não declarado. A foto com os maços de dinheiro sobre a mesa do escritório de Murad foi publicada nos principais jornais do país e na TV.
O escândalo atingiu a imagem de Roseana, que apresentou pelo menos seis versões diferentes para a origem do dinheiro. Ela alcançava bons números nas pesquisas eleitorais, mas, devido à repercussão negativa, abriu mão da candidatura à Presidência 41 dias após a operação. Murad informou que metade do montante pertencia ao ex-sócio Luiz Carlos Cantanhede Fernandes.
Diante deste cenário, José Sarney sabe que a única chance que tem contra Flávio Dino é que um Caso Lunus atinja o atual governador. As contradições da Operação Pegadores e a falta de relação dos supostos desvios de verbas com Dino sepultaram a primeira tentativa do oligarca em macular a imagem do governador.
O certo é que Sarney não vai desistir. Ele sabe que uma operação bem sucedida pode arrasar pretensões eleitorais, como foi com Roseana Sarney em 2002.
O problema é que Flávio Dino mostra ser um governador sério, transparente e honesto, bem diferente da sua filha e do seu genro.
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