sábado, 1 de julho de 2017

Sal rosa do Himalaia faz mesmo bem para a saúde?

Segundo especialistas, o sal rosa do Himalaia é nutricionalmente muito parecido com o sal marinho. A diferença é que ele é mais bonito e mais caro. (iStock/Getty Images)
O sal rosa do Himalaia está em todo lugar, seja como substituto ao sal de cozinha nas dietas ou como ferramenta terapêutica em spas e clínicas de estética. No entanto, quais são seus reais benefícios e implicações para a saúde? De acordo com informações do site da revista americana Time, não existem evidências científicas dos reais benefícios do sal.
Sal do Himalaia
O famoso sal rosa é feito a partir de cristais rochosos de sal extraídos de áreas próximas à cordilheira do Himalaia, principalmente no Paquistão. Sua cor levemente rosada deve-se à riqueza de minerais presentes nas rochas, como magnésio, potássio e cálcio.
Em supermercados, ele é frequentemente encontrado em pedras maiores, sem ser refinado, com moedores embutidos. Já em clínicas de estética e spas, as rochas maiores são transformadas em luminárias ou em câmaras de sal, com a promessa de um efeito detox instantâneo.
Acredita-se que o sal rosa é mais saudável que os outros devido a sua gama de micronutrientes. “Os comerciantes promovem a suposta capacidade do sal de melhorar a saúde física e emocional das pessoas”, disse Andy Weil, diretor de programas do Centro de Medicina Integrativa da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, à Time.
Na culinária
Na alimentação, para algumas pessoas, o sal é melhor do que o tradicional sal de cozinha. “Todos os sais variam um pouco em relação ao conteúdo mineral e à textura”, explicou Weil. Os defensores afirmam que o sal rosa tem mais minerais do que o tradicional, mas é improvável que você obtenha benefícios extras de saúde ao comê-lo. Segundo o especialista, o sal rosa do Himalaia é nutricionalmente muito parecido com o sal marinho. A diferença é que ele é mais bonito e mais caro.
Em entrevista, Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração e do Hospital Dante Pazzanese de Cardiologia, ambos em São Paulo, explicou que a cor rosa e a falsa noção de que o sal do Himalaia possui maior pureza realmente levam o consumidor a preferi-lo na hora das compras.
Segundo o médico, o sal rosa, apesar de ser retirado das montanhas, é uma espécie de sal marinho e todo sal marinho leva resíduos da região de onde foi retirado. “A diferença entre os sais pode ser a quantidade de resíduos, impurezas, algas… Mas isso não tem grande impacto na qualidade do sal.” Algumas características, como o sabor, podem ser próprias de cada tipo, mas não existem diferenças relevantes em relação ao valor nutricional. “De qualquer forma, o importante é manter a ingestão de sal limitada a cinco gramas por dia.”
Luminárias de sal
Através da luz, em formato de luminária, a rocha seria capaz de aumentar a energia do ambiente, diminuindo os sintomas da depressão, e melhorar o sono, ao reduzir a quantidade de poluentes e elementos nocivos do ar. Supostamente, o sal absorve as moléculas de água do ar e libera íons negativos, que podem remover partículas de poeira e pólen, causadores de alergias respiratórias.
Alguns estudos sugerem que a atual explosão de íons positivos, presentes nos aparelhos eletrônicos, por exemplo, podem prejudicar o humor e a saúde física, aumentando o stress e a ansiedade. Por outro lado, os íons negativos podem ser benéficos. No entanto, essa relação com o sal do Himalaia nunca foi estudada. “Não existe apoio científico para tais alegações envolvendo as lâmpadas do sal”, disse Weil.
Essa capacidade tem como base a teoria de que o ar próximo de locais com circulação de água contém altos níveis de íons negativos, o que alguns pesquisadores tem sugerido como uma das razões pelo qual estar próxima à natureza proporciona tantos benefícios para a saúde.

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