O tunisiano suspeito de atacar uma feira de Natal em Berlim, na Alemanha, foi morto a tiros em Milão, na Itália. “Sem sombra de dúvida é Anis Amri”, afirmou o ministro do interior italiano, Marco Minniti, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (23). O ministro disse que Anis Amri foi morto após ser parado por um patrulhamento de rotina.
Anis Amri foi morto por volta das 3h desta sexta em Sesto San Giovanni, em Milão. Dois agentes pararam o jovem que estava andando sozinho no escuro e pediram os documentos. Porém, o jovem tirou uma arma de sua mochila e atingiu um policial no ombro. O outro reagiu reagiu.
O suspeito chegou à Itália após ter passado pela França, segundo a agência italiana Ansa. Ele passou por Turim e, em seguida, pegou um trem para Milão, onde chegou por volta de 1h desta sexta. Ele deixou a Estação Central e seguiu para Sesto San Giovanni, quando foi abordado pelos policiais.
A Reuters informa que ele foi identificado após análise das impressões digitais. A Alemanha ainda aguarda a confirmação formal da Itália sobre a morte do suspeito. A chanceler alemã, Angela Merkel, vai discutir a deportação de requerentes de asilo rejeitados durante uma conversa telefônica com o presidente tunisiano, Beji Caid Essebsi, ainda nesta sexta.
Policial ferido
O policial ferido por Amri tem 36 anos segue internado. Ele deve ser operado, mas seu estado de saúde é bom, segundo a agência Ansa. Pouco tempo depois da entrevista com o primeiro ministro italiano, o policial Luca Scatà, que matou o terrorista, começou a homenageado pela internet. Internautas criaram páginas como “Obrigada Luca Scatà, herói nacional” ou “Luca Scatà é meu herói”.
Investigação
A polícia começou a procurar Amri depois que uma autorização de residência provisória foi encontrada sob o banco do caminhão que invadiu a feira natalina, na noite de segunda-feira (19). Doze pessoas morreram e 48 ficaram feridas no ataque, que foi reivindicado pelo Estado Islâmico. Na quinta-feira (23), a polícia informou ter encontrado digitais de Anis Amri na porta e no volante do veículo.
A Associated Press afirmou que o tunisiano estava sob investigação desde 14 de março, por ser considerado uma ameaça – ele estaria tentando comprar armas automáticas para usar no ataque. Amri já havia sido acusado de envolvimento com tráfico de drogas e de participar de uma briga em um bar. Mas como não havia provas, a vigilância foi suspensa em setembro.
Ele já havia sido preso em agosto, no sul da Alemanha, quando viajava para a Itália, por portar documentos falsificados, segundo a CNN. Na ocasião, ele foi liberado por um juiz.
De acordo com o jornal “Süddeutsche Zeitung”, o tunisiano esteve em contato com a rede de um importante ideólogo islâmico conhecido como Abu Walaa, recentemente preso por provável ligação com o Estado Islâmico.
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