sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Polícia conclui laudos técnicos e encerra investigação sobre morte de Mariana Costa

Resultados de exames técnicos sobre o assassinato da publicitária Mariana Menezes de Araújo Costa Pinto, de 33 anos, foram apresentados ontem (16) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Outeiro da Cruz. Os laudos divulgados se acrescentaram ao exame cadavérico, que definiu a causa da morte da publicitária, e que fora divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML), no dia 23 de novembro.
De acordo com os laudos técnicos, Mariana Costa foi morta por asfixia no dia 13 do mês passado, dentro do seu apartamento, no Turu. O crime foi praticado pelo réu confesso Lucas Leite Ribeiro Porto, de 37 anos, que teria sido motivado por uma paixão incontida pela vítima. Lucas Porto está preso desde o dia 14 do mês passado, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A Polícia Civil encerrou a investigação, já tendo anexado os resultados ao inquérito encaminhado à Justiça.
Em entrevista coletiva à imprensa, a cúpula da Segurança Pública afirmou ontem que, com a conclusão dos laudos, ficou comprovada a consumação do ato de estupro com conjunção carnal. “As informações complementares divulgadas nesta entrevista coletiva constam no inquérito apresentado à Justiça. A coleta de vestígios orgânicos do interior do corpo da vítima demonstra, também, a conjunção carnal consumada, e as lesões no corpo de Mariana registram a resistência dela ao ataque criminoso praticado por Lucas Porto. A investigação do caso está encerrada”, informou o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela.
LAUDOS
Durante a entrevista à imprensa, foram apresentados resultados de 10 laudos técnicos sobre a morte violenta, aparelho celular do suspeito e da vítima, e imagens internas do condomínio onde Mariana Costa morava, que mostram Lucas Porto descendo as escadas. Os laudos foram emitidos pelo Instituto de Criminalista (Icrim), responsável pelas perícias realizadas. Os  exames periciais de cunho genético foram feitos pelos institutos Laboratorial de Análise Forense (Ilaf) e de Genética Forense (IGF).
De acordo com o diretor geral do Icrim, Fábio Castro, nos laudos periciais dos telefones de Lucas Porto e Mariana Costa, o instituto buscou nas ligações telefônicas e nas mensagens de Whatsapp, alguma conversa do tipo que pudesse vincular ao crime, mas não existia. “A gente prega a investigação com a quantidade de telefonemas que foram dados antes e pós o assassinato da publicitária. Há registros de telefonemas, porém, uma vez o conteúdo não possuir vínculos com crime, ele permanece sigiloso, de acesso de investigação policial”, informou.
Segundo a diretora do IGF, Christhiane Cutrim, exames periciais de cunho genético foram feitos no Laboratorial de Análise, e depois encaminhados para o Instituto de Genética Forense para comprovar, por meio da identificação genética da vítima e do suspeito nos materiais coletados. “A secreção vaginal que foi coletada da vítima e encaminhada para o Ilaf, e que eles constataram a presença de sêmen e espermatozoide, foi encaminhada posteriormente para o IGF, e lá ficou constatado o perfil genético de Lucas Porto e do marido de Mariana Costa”, explicou Christhiane Cutrim.
O primeiro exame feito no Ilaf, conforme a chefe do laboratório, Janalle Rocha, foi a secreção vaginal, coletada diretamente da vítima, pelo IML. “Nesse material, a perita constatou a presença de sêmen e espermatozoide, do acusado e do marido de Mariana”, informou.
Posteriormente, deu entrada no laboratório do Ilaf, o sangue da publicitária, para o exame de gravidez e toxicológico, sendo que ambos deram negativo. As vestes dela foram inspecionadas, onde também foi detectada a presença de sêmen e sangue, e, peças do vestuário de Lucas Porto que “apresentaram resultados positivos, do tipo sêmen e pelo humano, o último pode ser usado para confronto genético e até mesmo para comparação de pelo da vítima ou do acusado”.
CRIME
Conforme a perícia, Mariana Costa estava dormindo despida em seu quarto quando foi abordada pelo acusado. Ela travou uma luta corporal para se proteger do ato violento, e, em seguida, sofreu uma esganadura ocasionada por Lucas Porto. A vítima teria desmaiado e, em seguida, foi sufocada. A publicitária foi morta no dia 13 de novembro.
No dia 15 do mesmo mês, mesmo negando a autoria do crime, Lucas Porto teve a sua prisão em flagrante revertida em preventiva pelo Poder Judiciário. No dia seguinte, a cúpula da Segurança Pública afirmou em entrevista coletiva que Lucas Porto confessou a autoria da morte de Mariana Costa, afirmando que o motivo seria uma paixão incontida pela cunhada.
O inquérito policial sobre a morte da publicitária foi enviado ao Poder Judiciário no dia 23 de novembro, e a cúpula da Segurança Pública divulgou os primeiros resultados dos exames periciais.

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