quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Serviço ‘Ligue 180’ comemora 10 anos de Atendimento à Mulher


Nos últimos 10 anos, o Ligue 180 registrou 4,5 milhões de atendimentos a mulheres em todo o Brasil. Somente este ano, de janeiro a junho, a Central de Atendimento à Mulher, realizou 364.627 atendimentos, uma média de 60.771 ligações por mês, 2.025 ao dia. Em todo o ano de 2014, foram 485.105 chamadas. As denúncias são feitas cada vez mais por amigos, familiares e vizinhos.  
A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é ofertada pelo Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. 
O serviço está presente em todo o país e é gratuito e pode constituir uma importante porta de entrada na rede de atendimento para as mulheres em situação de violência. A Central é também importante para o levantamento de informações que subsidiam o desenho da política de enfrentamento da violência e para o monitoramento dos serviços que integram a rede em todo o país.
As informações são atualizadas mensalmente sobre a oferta de serviços especializados em todas as unidades da federação, sobre o perfil das mulheres que procuram os serviços, sobre os principais problemas identificados nos serviços integrantes da Rede de Atendimento, sobre o número de relatos de violência recebidos por UFs, o tipo de violência reportada, entre outros. 
Além de denúncias e relatos de violência, o serviço recebe também reclamações sobre os serviços das redes de atendimento e enfrentamento contra a violência à mulher. A rede é formada por serviços municipais e estaduais (delegacias, hospitais, defensoria, entre outros). 
Como funciona o ‘Ligue 180’ 
Duzentas e cinquenta atendentes se revezam para atender ligações 24 horas por dia, todos os dias da semana, serviço disponível em todos os Estados. Elas dão orientações, esclarecem dúvidas e podem registrar denúncias de agressões, tudo de forma sigilosa e segura. 
As atendentes são capacitadas para ajudar de todas as formas a mulher que esteja em situação de violência e que o atendimento pode ser de informação, orientação ou registro da denúncia.
 Emergências e denúncias 
Em casos de emergências, a primeira orientação da Central do Ligue 180 é o socorro. Dependendo do caso, a orientação é ligar para o 190 outro serviço de emergência. Casos como abuso infantil, são encaminhados para o Disque 100 – Disque Direitos Humanos. 
Diante de um relato de violência, as atendentes sempre orientam o registro de um Boletim de Ocorrência, mas elas também podem registrar a denúncia pela Central do Ligue 180, se autorizada pela denunciante. Depois de anotada, a queixa segue para os Ministérios Públicos, Secretarias de Segurança Pública e Corregedorias dos estados competentes. 
Orientações
 Nem sempre as ligações para o 180 são para relatar casos de violência. Às vezes a chamada pode ser para procurar instruções sobre serviços, como a forma de registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) ou divórcio, por exemplo. Mesmo nesses casos, as atendentes fazem a orientação e o encaminhamento.
Mulheres de outros países também ligam para receber orientações sobre como proceder em casos de separação e tráfico de mulheres – em 2015, o Brasil ampliou o serviço para 16 países, para que mulheres brasileiras que estão no exterior também possam contatar a central. O 180 também passa informações sobre a legislação do país. 
Informações
 Há também os pedidos de informação, como explicações sobre a Lei 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, e campanhas, como o Outubro Rosa.
 Ligações de terceiros

Segundo a coordenação do serviço, o balanço de atendimentos do primeiro semestre de 2015, aumentou o número de pessoas conhecidas das vítimas que ligam para a Central de Atendimento à Mulher para relatar casos de violência contra amigas, irmãs, vizinhas. 
“Isso demonstra um aumento da consciência a respeito da denúncia por parte de todos, inclusive de quem convive com a mulher em situação de violência”, disse a coordenadora do serviço, Ane Cruz. “Ouvimos historicamente que ‘em briga de marido e mulher não se mete a colher’. Mas se mete, sim. A família sofre junto com a mulher agredida”, concluiu.

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