O Ministério da Saúde (MS) iniciou, no
Maranhão, visitas de monitoramento e avaliação aos municípios prioritários no
controle da tuberculose, que é a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas no
Brasil, e 1ª causa de mortes dos pacientes com AIDS.
Com base nos valores alcançados para
indicadores selecionados do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (Coap),
o MS seleciona estados para direcionar a redução dos riscos e agravos à saúde
da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde.
O Maranhão está entre os nove estados selecionados
para o desenvolvimento de ações específicas para diminuição das taxas de
incidência de casos novos de tuberculose. Em 2014, foram notificados 2.162
casos no estado, tendo uma taxa de incidência de casos novos de 26,3 por 100
mil habitantes e uma taxa de mortalidade de 2,1 por 100 mil habitantes.
Uma equipe com oito técnicos da Secretaria de
Vigilância em Saúde (SVS), do MS, está em São Luís para um intercâmbio com os
técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e das secretarias municipais. A
programação começou nesta terça-feira (7) e prossegue até sexta-feira (10), com
a realização de atividades que incluem o monitoramento, reuniões com gestores
municipais e estaduais para discussão de pontos estratégicos para controle da
doença, reuniões direcionadas às populações vulneráveis, visita técnica ao
hospital de referência Presidente Vargas e ao Sistema Penitenciário de
Pedrinhas.
Na tarde desta terça-feira (7), aconteceu a
abertura oficial da programação, no auditório do Laboratório Central de Saúde
Pública do Maranhão (Lacen/MA), no bairro Diamante, em São Luís. Foi
apresentada a situação dos Programas de Controle da Tuberculose, em instância
nacional (PNCT), estadual (PECT), e municipal (PMCT).
Os municípios de São Luís, Paço do Lumiar, São
José de Ribamar, Codó, Timon, Pindaré-Mirim, Santa Inês, Caxias, Açailândia,
Imperatriz e Pinheiro estão na lista de prioridades. Os coordenadores
municipais de Atenção Básica e do PMCT participarão de toda a programação.
Segundo a superintendente de Epidemiologia e
Controle de Doenças da SES, Lea Márcia Costa, o índice de tuberculose ainda é
alto, principalmente em São Luís. Segundo ele, em função disto, o governo
Flávio Dino, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem tratado como
prioridade a realização de intervenções para conseguir diminuir a incidência de
novos casos e o abandono do tratamento da doença por parte dos pacientes.
“O impacto que os números da capital têm sobre
o total do estado é muito grande. Para se ter uma ideia, quando retiramos São
Luís das estatísticas de cura no Maranhão o índice passa de 80%. Através da
visita do MS queremos observar as sugestões deles, com uma percepção mais
ampla, para melhorar nossos indicadores”, afirma Lea Márcia.
A coordenadora do PMCT de São Luís, Cláudia
Ribeiro, explica que várias medidas têm sido efetivadas para combater a doença.
“Temos descentralizado os serviços, pois 60% dos diagnósticos são feitos em
Hospitais de Referência. Hoje, contamos com 56 unidades desenvolvendo
diagnósticos, tratamento e acompanhamento dos casos. A visita do ministério vem
somar com o que temos feito, pois eles podem visualizar outras estratégias que
ainda não tem sido praticada”, ressaltou a coordenadora.
Após observar o que é feito pelo PECT, o MS
fará um levantamento dos aspectos que o programa precisa avançar e entregará um
relatório para ao secretário de Saúde do Estado, Marcos Pacheco.
“Os municípios selecionados são expressivos em
número de casos. Por isso a importância da participação de cada um na discussão
de como o PECT tem sido colocado em prática nessas localidades, e como as ações
são desenvolvidas”, garante a coordenadora
do Programa Estadual de
Tuberculose, Rosany Leandra Carvalho.
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