A Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e o Serviço de Inteligência da Polícia Militar (SI-PM) conseguiram desarticular, essa semana, uma quadrilha especializada em assalto a banco que, em menos de um mês, arrecadou mais de R$ 1 milhão com os crimes no interior do Maranhão. O grupo foi interceptado na cidade de Itaipava do Grajaú, onde dois integrantes do grupo morreram em confronto com a polícia e outros dois foram presos nos municípios de Barra do Corda e Colinas.
“No ultimo domingo (21), recebemos denúncias de que a quadrilha assaltaria agência do Bradesco, em Itaipava do Grajaú. Em operação conjunta com policiais militares do Serviço de Inteligência, montamos campana na região e, durante a noite, ao surpreender o bando saindo de uma residência usada como esconderijo, os bandidos ‘abriram fogo’ contra nossa equipe, e no revide dois deles tombaram”, adiantou o delegado Tiago Bardal, diretor do Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (DCRIF) da Seic.
Morreram no confronto com a polícia os suspeitos João de Deus Sérgio Brandão, mais conhecido como “Cheiro”, de 38 anos, natural de Buriti Bravo; e seu cúmplice, identificado como Cauli Lopes Dias, o “Caolho”, cujos documentos pessoais não foram encontrados com ele. “Nesse primeiro local foram apreendidas duas pistolas calibre 40, uma com numeração raspada e outra de propriedade da Polícia Militar do Estado do Piauí; e um revólver calibre 38”, acrescentou o delegado que conduziu a operação policial.
Já na noite de segunda-feira (22), continuando as investigações, a equipe de captura recebeu novos informes sobre o paradeiro do bando, e se dirigiu para a cidade de Barra do Corda, onde efetuaram a prisão do primeiro suspeito. Lucas Baggio Reis Machado, de 20 anos, natural da cidade de Timon, foi encontrado escondido em um hotel da cidade, acompanhado de uma mulher, identificada como Laís Gomes Carvalho, de 25 anos. Natural da cidade de Teresina-PI, a jovem também foi conduzida para prestar esclarecimentos.
“No hotel, apreendemos em poder do casal o carregador de pistola calibre ponto 40 da PM do Piauí, com 13 cartuchos; a quantia em dinheiro de R$ 8 mil; e um documento falso utilizado pelo suspeito, no qual se apresentava com o nome de ‘Gabriel’”, continuou o diretor do DCRIF dali seguiu para a cidade de Colinas com a equipe de policiais. “Em Colinas, prendemos o segundo suspeito, identificado como Antônio Carlos Pereira Novais, conhecido como ‘Serra Preta’, de 56 anos”, completou Tiago Bardal, ao final da incursão.
Este último, segundo a polícia, foi encontrado em uma propriedade na zona rural de Colinas, de nome “Parque de Vaquejada Dois Amores”, da qual o mesmo seria dono. No local foi apreendido um fuzil calibre 556 mm; e uma metralhadora calibre 9 mm. Todos foram autuados em flagrante pelos crimes de posse de arma de fogo de uso restrito das forças policiais, e formação de quadrilha; e permanecem à disposição do Poder Judiciário dos estados do Maranhão e do Piauí.
Investigação
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, os suspeitos mortos em confronto e outros presos durante a operação integram a mesma quadrilha que em 25 dias conseguiram roubar exatos R$ 1,150 mi de agências do Banco do Brasil, no interior do estado. Ainda de acordo com as investigações, o primeiro ataque do bando ocorreu no dia 10 de maio, na cidade de Tutóia, de onde foram roubados R$ 150 mil. O segundo assalto confessado pelos ‘caixeiros’ foi a cidade de Brejo, de onde os suspeitos subtraíram a maior quantia, R$ 800 mil.
O terceiro alvo dos suspeitos foi a agência da cidade de Parnarama, de onde roubaram R$ 200 mil. Fora do estado, o bando também confessou ter praticado dois assaltos registrados nas agências do BB e da Caixa Econômica Federal (CEF) da cidade de José de Freitas, no estado do Piauí. Conforme informou a polícia, além de assumirem participação nestes dois assaltos, os suspeitos também possuem contra si mandados de prisão em aberto, naquela comarca, onde outros inquéritos que já foram abertos para apurar a autoria dos crimes.
MAIS
O Instituto de Criminalística (Icrim) do Maranhão segue no caso fazendo perícia técnica para comparar as munições apreendidas com a quadrilha e as cápsulas encontradas em todos os locais de assalto. O dinheiro arrecadado com o bando, segundo a polícia judiciária, já teria sido investido em aquisição de armamento, veículos, e aluguel de imóveis para abrigar os suspeitos em cada cidade escolhida para os ataques.
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