O jornalista Roberto Kenard fez uma análise muito lúcida sobre que tipo de mudança o governador Flávio Dino deve encabeçar. “Entendedores entenderão” que não se trata de uma caça às bruxas ou de atos de vingança. O Maranhão elegeu Flávio Dino esperando o que ele prometeu, no caso uma mudança radical. E eu vou além: não basta deletar certas figuras da máquina, Flávio precisa abandonar a estrutura de governo criada pelos sarneys e herdada por ele. Esse tipo de estrutura, esse status quo administrativo já se mostrou falida. Zé Reinaldo e Jackson Lago erraram muito ao não mudar o jeito de se organizar e gerenciar os recursos.
Segue o texto:
Flávio Dino (PCdoB) venceu a eleição, nenhuma novidade até aí. Há, no entanto, alguns poréns. Vamos a eles.
Comecemos pela pergunta: com o que o eleitor de Dino contava?
Bem, com o fim de um ciclo de 49 anos de poder do grupo Sarney. O próprio Sarney, quando venceu a eleição de governador, representou o fim do mando do grupo de Vitorino Freire.
E como se deu a mudança?
Os vitorinistas deixaram de participar do governo. Não se trata de vingança ou perseguição, mas de processo natural às mudanças. Como bem disse um poeta, não se constrói o novo com material velho.
Bem aqui começo a tocar no ponto central dessa rápida análise. Sarneístas e gente posta em cargos Maranhão afora pelos Sarney seguem tranquilos em seus cargos. E são – pasmem! – cargos em comissão. Ou seja, uma gente não concursada, na maioria das vezes gente que só recebe o salário sem comparecer ao trabalho.
Para não falar nas pessoas empregadas nos hospitais criados durante a administração de Roseana Sarney (PMDB). Seguem todas intocadas. Essa gente segue agradecida ao grupo Sarney e nos representantes do grupo Sarney seguirão a votar.
Aí mora o perigo, meus caros.
Flávio Dino, se quer representar mudanças, precisa fazer urgente essas transformações, que não são desimportantes como possam parecer.
Não se constrói o novo com material velho, já disse o poeta, repito.
Aqui acaba de ser nomeado Valerio ligado ao prefeito de Pinheiro e a Roseana Sarney |
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