A disputa de 2010 mostra que há três grandes potenciais formas de fraude nas eleições no Maranhão:
- Urnas Biométricas
Em 2010, as cidades de Paço do Lumiar e Raposa usaram o sistema de votação biométrica, no qual os eleitores são identificados pela impressão digital. O resultado da votação destoou das médias verificadas no Estado.
A abstenção nessas cidades foi de 6,79%, enquanto a média das urnas biométricas dos Estados vizinhos foi de 11,22%, quase o dobro.
Outro resultado completamente atípico diz respeito à liberação da urna pelo mesário. Isso ocorre quando a digital do eleitor não é reconhecida pela urna. O mesário é autorizado a liberar a urna nesses casos. Em todas as experiências realizadas com urnas biométricas, essa liberação correspondia a menos de 1% do total. Mas no Maranhão ficou em 5,8%, seis vezes a média considerada normal.
Do total de 51.652 votos colhidos em urnas biométricas no Maranhão, 2991 votos (5,8%) foram dados por pessoas que não tiveram a sua impressão digital reconhecida pela máquina.
Esses dois resultados anormais compõem um forte indicativo de fraude por parte de mesários.
- Seções eleitores com baixa abstenção
Além das cidades com urnas biométricas, outros municípios apresentaram índices de abstenção abaixo de 10%, contrastando com a taxa de 23,97% no Estado. Entre eles estão Araioses e Cururupu.
Os especialistas dizem que isso é um sinal de que alguém inseriu votos indevidamente nas urnas.
- Votos rápidos
Chama atenção ainda o número de votos rápidos, de menos de um minuto, depositados nas urnas após as 17h20, quando o horário de votação se encerrou. Só quem estava na fila poderia votar após esse horário.
Em 8,41% das seções eleitorais houve esse tipo de voto rápido após as 17h20. Nessas seções, houve 18.719 votos rápidos e tardios. Ou seja, sob suspeita.
É normal que algumas seções tenham o horário de votação estendido onde há baixa abstenção, já que a grande presença de eleitores forma filas. No entanto, a média de abstenção nessas seções eleitorais (23,26%) ficou muito próxima à do Estado (23,97%), afastando essa hipótese considerada normal.
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