Por: Myrcia Hessen
Após notícia divulgada em primeira mão pelo Diário do Poder de que estava por um triz de perder seu mandato, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, declarou hoje (8) em nota à imprensa que sua posição no governo é “legítima”. Em resposta ao procurador-geral Roberto Gurgel, que pediu sua cassação, ela disse que suas ações foram “transparentes e dentro da lei”. “A minha eleição para o cargo de governadora foi legítima”, reclamou. “A minha consciência está tranquila e tenho confiança que exercerei meu mandato até o fim”, completou.
Roseana é acusada de ter assinado convênios com prefeituras no valor de quase R$ 1 bilhão em caráter eleitoreiro. Segundo a acusação, feita pelo ex-governador do estado, José Reinaldo Tavares (PSB), “[esses convênios foram usados] como meio de cooptação de prefeitos e lideranças políticas e sindicais”.
Acatando as provas de Tavares, Gurgel deu parecer favorável à cassação do mandato da governadora. Entre os documentos entregues ao procurador-geral, é possível perceber que houve a concentração da celebração de vários acordos nas vésperas da data da convenção partidária que homologou o nome de Roseana para disputar as eleições de 2010. Nos quatro dias antes do pleito, ela já havia assinado 670 convênios que previram a liberação de mais de R$ 165 milhões para diversos municípios do estado.
O processo agora entrará na pauta de julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral, onde a ministra Luciana Lóssio foi designada como relatora do caso.
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