terça-feira, 23 de julho de 2013

“PSDB está pronto para 2014″, afirma o presidente da sigla no Maranhão.



presidente do PSDB maranhense, Carlos Brandão, afirmou em entrevista que o partido está preparado para dar o passo rumo às eleições de 2014. A declaração foi dada ao Programa Avesso da TV Guará, em que o tucano traçou uma avaliação sobre as possíveis alianças políticas no Estado, além dos fatores envolvidos para a tomada de decisão.

O tucano também foi questionado sobre a recente onda de protestos que tomaram conta do país, e a necessidade de mudança no atual cenário político. Para Brandão, a palavra “mudança” entrou definitivamente na agenda de prioridades dos partidos e deverá ser o tema da próxima eleição, tanto no cenário nacional como no Maranhão.
Fala-se que o PSDB está construindo um consenso para as eleições. O partido está pronto para esse entendimento?
Está sim. Nos temos pessoas importantes no partido, que já ocuparam cargos públicos. E temos representantes da ala jovem. Portanto, estamos construindo esse entendimento de que tem que haver consenso. Ao contrário do que se diz, não há qualquer desentendimento. O que existe na verdade são diferentes pontos de vistas, o que é natural. E as questões políticas já estão praticamente resolvidas. Estamos preparandos para a tomada de decisão.
Existe possibilidade de aliança com a corrente política que está ao lado contrário do PSDB?
O partido trabalha na realidade com quatro possibilidades. Uma aproximação junto à candidatura do Governo do Estado. Lançar a candidatura própria, onde estão sendo discutidos nomes dentro do partido. Formar a aliança com o grupo de Flávio Dino. E além disso, construir uma via alternativa. Portanto, estamos em conversas permanentes para avaliar o melhor caminho a seguir.
Como o partido vê a candidatura de Flávio Dino?
É um bom nome. É um político preparado. Ele está aí na frente das pesquisas. O nome dele hoje é uma alternativa altamente viável. E eu acho que na conjuntura atual uma aproximação (com o PSDB) seria favorável. Pois a população hoje quer mudança. E quem está fora do governo pode ter esse carimbo da mudança, o que pode ser um fator positivo para ele.
E o ex-governador José Reinaldo … qual o futuro político dele? Ele vai migrar para o PSDB?
O José Reinaldo é um bom quadro. Acho que dentro do PSDB eu não vejo rejeição ao nome dele. E acredito que a ideia dele seja ser candidato ao Senado. Mas nós não chegamos a conversar. O que aconteceu foi uma mudança interna no partido dele (PSB) e ele ao que me parece está avaliando a permanência. Mas primeiro, nós nem sabemos se ele tem essa intenção de sair. E segundo, teríamos que abrir a discussão no PSDB. E isso sequer chegou a acontecer.
O PSDB vai mirar na disputa majoritária? Ela seria realmente possível?
É perfeitamente possível! O partido tem várias vertentes. Isso está sendo debatido internamente. Mas faremos uma nova reunião em agosto para alinhar as tendências. Então, existe sim a possibilidade do partido entrar para disputar em chapa majoritária e com candidato a governador, pois temos um partido grande e com dois minutos e vinte de televisão. E além do mais, temos um pré-candidato à Presidência da República numa situação muito privilegiada.
 O que vai pesar para a decisão do PSDB sobre 2014?
Eu poderia dizer que a formação do palanque para abrigar o nosso candidato à presidência da república é um dos fatores. Essa é uma questão primordial. Nós temos que fazer um palanque para o Aécio. Agora, esse palanque não pode conflitar com o palanque da presidente Dilma, pois são partidos adversários (PT e PSDB). Então, dificilmente nós estaremos num palanque junto com o PT.
Mas o PT deve indicar o vice-governador na chapa a ser formada, certo?
É uma das possibilidades e o que tem sido dito. E se isso vier a se confirmar esse caminho de aproximação estaria inviável. Por outro lado, é bom reiterar que nada impede a nossa candidatura própria. Temos musculatura política e podemos fazer uma parceria com partidos menores para fortalecer a chapa proporcional.
A palavra “mudança” entrou na agenda dos partidos. É um reflexo da recente onda de protestos? Acha que vai refletir nas eleições?
Sem dúvidas! A população está na rua manifestando e cobrando porque não foi atendida. E o poder de decisão está no Executivo, que prometeu por exemplo 600 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS). Mas até hoje foram construídas apenas 12. E só conseguiu realizar 5% do PAC na área da saúde. Portanto, a população está cobrando do Estado serviços, e essa pauta obrigatoriamente estará nas eleições, no Maranhão e em todo país.

Qual a sua avaliação a respeito da administração do governo municipal em São Luís?

Eu acho que o prefeito ainda está tomando pé. Na verdade, não dá para fazer uma avaliação precisa. São apenas seis meses e ele ainda está arrumando a casa.
Não conseguiu o domínio da situação. Acho que isso demora um pouco. Até porque ele nunca foi gestor público. Ser gestor não é fácil! Porque você tem que conhecer a legislação, mesmo com uma boa equipe. Tem que tomar decisões rápidas. Ele veio com a tese de mudança, então isso naturalmente cria uma expectativa muito grande. Mas a mudança não acontece nessa velocidade.
E o Governo do Estado, qual a sua avaliação ?

Acho que o governo tem autorizado muitas obras importantes. Por exemplo, uma das prioridades agora é ligar 16 municípios que ainda não receberam asfalto, recuperar algumas rodovias e fazer muitas obras aqui em São Luís. Eu acho que ele vem demostrando que está dedicado para que as coisas aconteçam. Mas essas obras deveriam ter sido feitas há muito tempo. Mas aí vai chegando perto da eleição e as coisas vão acontecendo.

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