sexta-feira, 17 de junho de 2011

UM ESCÂNDALO MONUMENTAL


Por Carlos Chagas
É preciso   denunciar  uma das maiores bandalheiras dos últimos tempos, iniciadas durante o governo  José  Sarney, continuadas no governo Fernando Collor, não interrompidas no governo Itamar Franco, ampliadas no governo Fernando Henrique, super-dimensionadas no governo Lula e  continuadas no governo Dilma Rousseff.   Trata-se das famigeradas ONGs, rotuladas como Organizações Não Governamentais, mas que,  com raras exceções, vivem grudadas nas tetas do  poder público, sugando recursos do Estado como  quadrilhas dignas dos tempos de Al Capone.

De início, é  bom esclarecer: existem ONGs maravilhosas, daquelas que só contribuem para o aprimoramento social, político, ambiental, cultural, esportivo  e quantas outras atividades existam.

O problema é que  essas e outras    legiões muito maiores  de quadrilhas formadas  à sombra da sociedade organizada,  intitulam-se   “não  governamentais”. Por que, então, para subsistir  enriquecer seus dirigentes, dependem de recursos públicos? Que vão buscar sua  sobrevivência fora do  governo, nas entidades privadas. O diabo é que,  de acordo com os grupos que dominam os  governos, assaltam os cofres públicos e comportam-se como Ali Babá abrindo a caverna.

Apareceram agora as tais OSCIPS,  organizações de interesse público. Podres, na maioria dos casos,  daquelas que nem sede dispõem, ficticiamente funcionando em restaurantes, garagens e estrebarias, se essas  anda existissem.  Dizem que carecem de fins lucrativos,   que existem para   servir à sociedade. Mentira. Como estamos no  ciclo dos companheiros, seria bom o ministério da Justiça verificar quantas delas vivem de recursos sugados do  tesouro nacional.  Quantas pertencem a companheiros do PT, já  que nenhuma delas tem obrigação de prestar contas  de suas atividades?  São contratadas pelo governo para prestar serviços públicos...

Existem 5.840 OSCIPS em todo o país. Caso o secretário-executivo do ministério da Justiça, Luís Paulo Barreto, decidisse investigar todas,  verificaria que o governo gasta com elas duas vezes mais do que gasta com o  bolsa-família. Trata-se de um  escândalo monumental, mas  acobertado pelo poder público, tanto faz quem  o detenha  no momento.

NEGOCIATA À VISTA
Vem aí  para a escolha do consorcio que abocanhará a implantação do trem-bala. Haverá um leilão. Alguém imagina que as principais empreiteiras já não tenham entrado em  conluio para transformar os 33 bilhões  de reais previstos para implantar a obra não se tenham transformado em  66   bilhões ou mais?

Esses recursos, se utilizados na recuperação da malha ferroviária  nacional bastariam para unir Norte-Sul, Leste-Oeste do território nacional através de  estradas de ferro. Como seria prejudicial ao rodoviarismo e à indústria do  petróleo, melhor convencer os donos do poder que o trem-bala nos elevará  ao patamar de nação rica e desenvolvida.  Engana-se quem supuser que Rio e São Paulo serão unidos em duas horas. Para acelerar, o trem-bala levará vinte minutos. Para  desacelerar, mais vinte.  Contando com as paradas  previstas, não se chegará de uma cidade  a outra em  menos  do que cinco horas. O  diabo é que de avião a lambança é maior.  Quantas horas no  aeroporto,  para embarcar?  E quantas para desembaraçar a bagagem?

ME ENGANA, QUE EU  GOSTO
Vai ficando claro que o presidente Obama veio ao Brasil para  nada. Prometeu  que pelo  menos  aliviaria as barreiras alfandegárias para a  entrada do etanol brasileiros  em seu  território. Seria bom para eles, aliviando a carga de poluição do  petróleo, e bom  para nós, pelo aumento da produção e da exportação. Pois vem agora  o Senado dos Estados Unidos e nega a redução de dificuldades para entramos em seu mercado.  Me engana, que eu gosto...

COM AS UNHAS DE FORA
Foi lamentável  o primeiro encontro   da ministra Ideli Salvatti com os líderes dos partidos da base aliada, esta semana. Porque PMDB, PT e penduricalhos   exigiram da ministra da Coordenação Política um mínimo da liberação de 50% dos recursos orçamentários para as emendas parlamentares individuais.  Que dizer, se não obtiverem a metade do  que pleiteiam, estarão descompromissados para votar com o governo em projetos
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