O jornalista Luís Cardoso publicou ontem em seu blog uma matéria de opinião sobre a atual conjuntura eleitoral do Maranhão.
Intitulada de “Roseana pode vencer no 1.° turno”, a matéria citou vários aspectos positivos da campanha de Roseana e negativos das campanhas de Jackson Lago e de Flávio Dino.
Ninguém pode discordar da importância de Roseana estar ocupando o governo estadual e ter uma estrutura administrativa de porte, como é a máquina do estado, apoiando sua candidatura.
O exemplo de 2006 foi pedagógico. A presença de Zé Reinaldo nos Leões até o final do mandato foi determinante para que o candidato que ele apoiava, Edson Vidigal, do PSB, obtivesse quase 15% dos votos no 1.° turno. A votação de Vidigal (14,26%) e de Aderson Lago (3,95%), pelo PSDB, somados aos 34, 36% de Jackson garantiram a realização do 2.°turno.
Roseana teve 47,215% dos votos no primeiro turno e 48, 18% no segundo turno, perdendo para Jackson que obteve 51,82%.
Passados quatro anos podemos analisar dois períodos bem distintos.
Tivemos Jackson no poder por dois anos e três meses realizando muitas obras importantes, equilibrando de vez as finanças estaduais e descentralizando recursos através do fortalecimento de prefeitos e municípios.
Depois já se passaram 15 meses do velho “novo governo” de Roseana com centralização administrativa exarcebada, desequilíbrio financeiro com a tomada de quase R$ 1 bilhão de empréstimos, do confisco de recursos de convênios nas contas correntes de municípios e desmonte do sistema de saúde pública do estado.
Soma-se a isso o desgaste do nome Roseana e, sobretudo, do sobrenome Sarney devido à exposição negativa na mídia nacional (crise no Senado, processo contra Fernando Sarney e superpoderes dados a Ricardo Murad).
Concordo com Cardoso quando ele afirma que as duas candidaturas de oposição carecem de recursos financeiros para tocarem suas campanhas.
No caso de Jackson sua candidatura sub judice dificulta em muito a arrecadação de recursos financeiro de possíveis doadores.
No caso de Flávio o fato do PT não estar oficialmente apoiando sua candidatura dificulta a captação de recursos financeiros e o fato de Flávio Dino ainda ser desconhecido da maioria dos eleitores maranhenses também dificulta sua campanha.
O grupo Sarney tem interesse de que o julgamento do pedido de impugnação de Jackson seja o mais demorado possível para afastar possíveis doadores e dificultar o deslanchamento da campanha eleitoral do PDT.
Só que com o pedido de impugnação da candidatura de Roseana apresentado pelo ex-chefe da Casa Civil de Jackson, Aderson Lago, que incorporou uma parecer da procuradora regional eleitoral Carolina da Hora que afirma que a conduta de Roseana em seu governo tipifica propaganda antecipada, a situação da Jackson pode mudar.
Ou a Justiça Eleitoral no Maranhão e em Brasília julga com rigor os processos de Jackson e de Roseana ou julga os dois casos de forma mais branda. Dois pesos e duas medidas no julgamento dos dois casos seriam inadmissíveis e a mídia nacional faria um verdadeiro carnaval na cobertura dos dois casos.
Essa história de Roseana ter o apoio de mais de mil vereadores e 179 dos 217 prefeitos é muito relativa. Já soube de muitos prefeitos que ficarão de braços cruzados.
Muitos são agradecidos a Jackson pelo apoio que receberam em 2008 para ganhar as eleições municipais, derrotando candidatos da base aliada de Roseana e fingem estar apoiando Roseana agora, mas estão doidos para retribuírem o apoio recebido em 2008, dando votos agora para Jackson.
Isto tudo sem contar o imenso desgaste popular de muitos prefeitos que dizem apoiar Roseana, mas seria até melhor para ela se pedissem votos para Jackson ou Flávio.
O jornal O Estado do Maranhão deste domingo poderá vir com a pesquisa Escutec onde Roseana apareça com índices de 53% a 58%, mas na realidade Jackson não tem menos de 27% e Flávio Dino se aproxima rapidamente dos 20%.
Em 1990 Conceição Andrade, do PSB, com o apoio do então prefeito da capital, Jackson Lago, do PDT, e coligada com o PT, era uma candidata quase totalmente desconhecida do povo maranhense e obteve 17,2% dos votos no primeiro turno.
Em 1994 Roseana obteve 42,9% dos votos no 1.° turno, contra 28,4% de Cafeteira e 18,4% de Jackson.
Em 2002, Zé Reinaldo, do PFL, ganhou a eleição no 1.° turno com 51,06% dos votos, contra 42,25% de Jackson, 6,025 de Raimundo Monteiro, do PT e 0,4% do PSTU.
Levando em conta o resultado eleitoral do 1.° turno de 2006, acho muito difícil que Roseana vença a eleição agora no 1.° turno. Boa parte do eleitorado maranhense está cansada da continuidade sarneysista no poder e muitos consideram que Jackson foi injustiçado pelos quatro ministros do TSE que cassaram seu mandato em abril de 2009.
Soma-se a estes dois sentimentos populares, o fato de Flávio Dino estar fazendo uma campanha de mudança do Maranhão com uma forte mensagem de renovação para todo o Maranhão.
Essa mensagem tem grande apelo popular e atinge mais a candidatura de Roseana do que a de Jackson, pelo fato do sarneysismo estar no poder desde 1966 no Maranhão, com um breve intervalo de Maio de 2004, quando Zé Reinaldo e Alexandra Tavares romperam com o grupo do senador amapaense, até Abril de 2009 quando Jackson foi cassado.
A programação de Jackson e de Dino na semana passada no interior do Estado foi consagradora para os dois. Jackson visitou 18 municípios em cinco dias e foi muito bem recebido tanto na região tocantina, sobretudo em Imperatriz (2.° maior colégio eleitoral do Estado), como no Sul do Maranhão, na região de Balsas.
Flávio e Zé Reinaldo participaram de uma das maiores carreatas da história política do Maranhão. Foi em Caxias e juntou dois mil carros e quatrocentas motos e centenas e centenas de bicicletas. Zé Reinaldo esteve em Timon com Flávio Dino e recebeu a apoio do grupo político do ex-prefeito Chico Leitoa na cidade. Chico está fortalecendo a unidade oposicionista no Maranhão ao apoiar a dobradinha Jackson e Zé Reinaldo.
Muita água vai correr embaixo da ponte até Outubro deste ano, mas algo me diz que esta eleição também vai para o segundo turno como aconteceu em 1990, 1994 e 2006.
Quem viver verá!!!
Intitulada de “Roseana pode vencer no 1.° turno”, a matéria citou vários aspectos positivos da campanha de Roseana e negativos das campanhas de Jackson Lago e de Flávio Dino.
Ninguém pode discordar da importância de Roseana estar ocupando o governo estadual e ter uma estrutura administrativa de porte, como é a máquina do estado, apoiando sua candidatura.
O exemplo de 2006 foi pedagógico. A presença de Zé Reinaldo nos Leões até o final do mandato foi determinante para que o candidato que ele apoiava, Edson Vidigal, do PSB, obtivesse quase 15% dos votos no 1.° turno. A votação de Vidigal (14,26%) e de Aderson Lago (3,95%), pelo PSDB, somados aos 34, 36% de Jackson garantiram a realização do 2.°turno.
Roseana teve 47,215% dos votos no primeiro turno e 48, 18% no segundo turno, perdendo para Jackson que obteve 51,82%.
Passados quatro anos podemos analisar dois períodos bem distintos.
Tivemos Jackson no poder por dois anos e três meses realizando muitas obras importantes, equilibrando de vez as finanças estaduais e descentralizando recursos através do fortalecimento de prefeitos e municípios.
Depois já se passaram 15 meses do velho “novo governo” de Roseana com centralização administrativa exarcebada, desequilíbrio financeiro com a tomada de quase R$ 1 bilhão de empréstimos, do confisco de recursos de convênios nas contas correntes de municípios e desmonte do sistema de saúde pública do estado.
Soma-se a isso o desgaste do nome Roseana e, sobretudo, do sobrenome Sarney devido à exposição negativa na mídia nacional (crise no Senado, processo contra Fernando Sarney e superpoderes dados a Ricardo Murad).
Concordo com Cardoso quando ele afirma que as duas candidaturas de oposição carecem de recursos financeiros para tocarem suas campanhas.
No caso de Jackson sua candidatura sub judice dificulta em muito a arrecadação de recursos financeiro de possíveis doadores.
No caso de Flávio o fato do PT não estar oficialmente apoiando sua candidatura dificulta a captação de recursos financeiros e o fato de Flávio Dino ainda ser desconhecido da maioria dos eleitores maranhenses também dificulta sua campanha.
O grupo Sarney tem interesse de que o julgamento do pedido de impugnação de Jackson seja o mais demorado possível para afastar possíveis doadores e dificultar o deslanchamento da campanha eleitoral do PDT.
Só que com o pedido de impugnação da candidatura de Roseana apresentado pelo ex-chefe da Casa Civil de Jackson, Aderson Lago, que incorporou uma parecer da procuradora regional eleitoral Carolina da Hora que afirma que a conduta de Roseana em seu governo tipifica propaganda antecipada, a situação da Jackson pode mudar.
Ou a Justiça Eleitoral no Maranhão e em Brasília julga com rigor os processos de Jackson e de Roseana ou julga os dois casos de forma mais branda. Dois pesos e duas medidas no julgamento dos dois casos seriam inadmissíveis e a mídia nacional faria um verdadeiro carnaval na cobertura dos dois casos.
Essa história de Roseana ter o apoio de mais de mil vereadores e 179 dos 217 prefeitos é muito relativa. Já soube de muitos prefeitos que ficarão de braços cruzados.
Muitos são agradecidos a Jackson pelo apoio que receberam em 2008 para ganhar as eleições municipais, derrotando candidatos da base aliada de Roseana e fingem estar apoiando Roseana agora, mas estão doidos para retribuírem o apoio recebido em 2008, dando votos agora para Jackson.
Isto tudo sem contar o imenso desgaste popular de muitos prefeitos que dizem apoiar Roseana, mas seria até melhor para ela se pedissem votos para Jackson ou Flávio.
O jornal O Estado do Maranhão deste domingo poderá vir com a pesquisa Escutec onde Roseana apareça com índices de 53% a 58%, mas na realidade Jackson não tem menos de 27% e Flávio Dino se aproxima rapidamente dos 20%.
Em 1990 Conceição Andrade, do PSB, com o apoio do então prefeito da capital, Jackson Lago, do PDT, e coligada com o PT, era uma candidata quase totalmente desconhecida do povo maranhense e obteve 17,2% dos votos no primeiro turno.
Em 1994 Roseana obteve 42,9% dos votos no 1.° turno, contra 28,4% de Cafeteira e 18,4% de Jackson.
Em 2002, Zé Reinaldo, do PFL, ganhou a eleição no 1.° turno com 51,06% dos votos, contra 42,25% de Jackson, 6,025 de Raimundo Monteiro, do PT e 0,4% do PSTU.
Levando em conta o resultado eleitoral do 1.° turno de 2006, acho muito difícil que Roseana vença a eleição agora no 1.° turno. Boa parte do eleitorado maranhense está cansada da continuidade sarneysista no poder e muitos consideram que Jackson foi injustiçado pelos quatro ministros do TSE que cassaram seu mandato em abril de 2009.
Soma-se a estes dois sentimentos populares, o fato de Flávio Dino estar fazendo uma campanha de mudança do Maranhão com uma forte mensagem de renovação para todo o Maranhão.
Essa mensagem tem grande apelo popular e atinge mais a candidatura de Roseana do que a de Jackson, pelo fato do sarneysismo estar no poder desde 1966 no Maranhão, com um breve intervalo de Maio de 2004, quando Zé Reinaldo e Alexandra Tavares romperam com o grupo do senador amapaense, até Abril de 2009 quando Jackson foi cassado.
A programação de Jackson e de Dino na semana passada no interior do Estado foi consagradora para os dois. Jackson visitou 18 municípios em cinco dias e foi muito bem recebido tanto na região tocantina, sobretudo em Imperatriz (2.° maior colégio eleitoral do Estado), como no Sul do Maranhão, na região de Balsas.
Flávio e Zé Reinaldo participaram de uma das maiores carreatas da história política do Maranhão. Foi em Caxias e juntou dois mil carros e quatrocentas motos e centenas e centenas de bicicletas. Zé Reinaldo esteve em Timon com Flávio Dino e recebeu a apoio do grupo político do ex-prefeito Chico Leitoa na cidade. Chico está fortalecendo a unidade oposicionista no Maranhão ao apoiar a dobradinha Jackson e Zé Reinaldo.
Muita água vai correr embaixo da ponte até Outubro deste ano, mas algo me diz que esta eleição também vai para o segundo turno como aconteceu em 1990, 1994 e 2006.
Quem viver verá!!!
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