O crime aconteceu durante uma operação com mandado de prisão temporária para Wiliam Domingos Paiva Aroucha, 22 anos, conhecido também como “Rato”.
Marcos Atahualpa
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Policial Morto na Vila Embratel |
“Nós estamos em guerra onde os bandidos é quem estão vencendo. Portanto, se queremos paz temos que nos preparar para a guerra”, afirma o delegado do 16º Departamento de Polícia da Vila Embratel, Emanuel Bastos em completa insatisfação e tristeza pela morte do então companheiro o agente de polícia civil Sebastião de Sousa Sabino, 50, morto a tiros na tarde desta segunda-feira às 17h na Rua do Doce próximo ao Residencial Resende.
O crime aconteceu durante uma operação com mandado de prisão temporária para Wiliam Domingos Paiva Aroucha, 22 anos, conhecido também como “Rato”, acusado por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. A equipe era composta por quatro policiais civis da Delegacia na Vila Embratel, os agentes Costa, Clemilton, De Paula e Sabino. A investigação já estava sendo feita desde o mês de janeiro.
Rato, de acordo com o serviço de inteligência da Polícia Militar, já era conhecido por aterrorizar a comunidade e fazer grandes assaltos. Na casa dele foram encontrados três televisores e um aparelho de DVD, que para a polícia poderia ser “moeda de troca” usada na compra de drogas e armas e três cachorros da raça Pit Bull.
Inicialmente havia sido divulgado que os agentes de polícia teriam ido ao local para apurar uma denúncia anônima de tráfico. No entanto, foi confirmado depois pelo Comando de Operações Especiais (COE), presente também no local após o incidente, que os agentes foram até a residência de Wiliam com o mandado de prisão por tráfico de drogas e porte ilegal de arma, no caso uma pistola Tauros 1.40 e um revolver calibre 38 cano longo de uso exclusivo da polícia, com alcance mínimo de 200m após o disparo.
Após chegar ao local os policias já foram recebidos a tiros deferidos por Rato, que, por conseguinte fora baleado várias vezes na costela direita enquanto que Sebastião levou um tiro letal na axila esquerda, atravessando o corpo. Após o incidente, policias entraram na casa e conseguiram capturar outras três pessoas, a mãe e irmã de Rato, além da sua parceira.
Após o acontecido Wiliam foi encaminhado para o hospital Socorrão I junto com a sua mulher identificada apenas como Vanda Cristina enquanto que sua mãe, Raimunda dos Santos, 41, e a irmã, uma menor de 17 anos, ficaram na casa e em seguida foram conduzidas para o 16º DP.
Raimunda declarou desconhecer que o filho era envolvido com tráfico de drogas, muito menos saber que ele tinha armamento pesado guardado em casa. Em estado de repudia e revolta, o presidente do Sindicato dos Policias Civis, Amon Jersen diz que nem em São Luís nem no Maranhão não há segurança. “Tanto a capital como o estado do Maranhão não existe segurança. É possível serem vistas operações de blitz e muitas viaturas nas ruas, mas tudo não passa de publicidade”, comentou.
O delegado do 16º DP, Emanuel Bastos, lembrou ainda o fato que matou o também agente de polícia civil Cícero Costa Terceiro, de 50 anos, assassinado na madrugada de domingo na Rua do Passeio, no Centro de São Luís. O policial foi abordado por quatro pessoas quando estava parado em frente a uma academia na Rua do Passeio. Cícero ainda tentou reagir, mas foi baleado no peito. Depois do crime os bandidos levaram a arma e o carro do policial.
“Nada foi feito no caso do Cícero e não tenho esperanças que seja feito algo agora sobre a morte do Sebastião”, criticou o delegado antes de finalizar seu depoimento perguntando- se “onde está a Comissão dos Direitos Humanos numa situação como essa?”. Será aberto um inquérito assim que sair o resultado sobre o estado de saúde de Wiliam para saber como proceder a fim de evitar que casos como esse se repitam.
O IMPARCIAL
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