Proibido adoecer
São raros os exemplos de políticos no Brasil que assumem publicamente suas doenças. Talvez por receio dos desdobramentos negativos que possam se seguir ao anúncio dos seus males, preferem omitir seu estado de saúde até onde isso for possível. Da história recente temos o caso do presidente eleito, Tancredo Neves, que não tendo como esconder o seu quadro às vésperas de assumir a presidência, teve seu diagnóstico de um tumor transformado em uma prosaica diverticulite.
A reposição da verdade só chegaria 20 anos depois. No início dos anos 60 o político piauiense Petrônio Portela, então prefeito de Teresina e depois ministro da Justiça no governo militar, não permitiu nem mesmo que seus correligionários mais próximos ficassem sabendo que iria aos Estados Unidos extrair um pulmão canceroso.
Agendou um encontro com o presidente americano John Kennedy para desviar a atenção do principal motivo da viagem. Contrariando essa quase regra, a governadora Roseana Sarney, reconheça-se, nunca guardou segredo da fragilidade da sua saúde. Ao contrário, até demonstra satisfação em exibir sua olímpica marca de 21 cirurgias que, longe de causar-lhe algum tipo de tropeço político, até tem ajudado nos seus embates eleitorais. De mais a mais, quem leva uma vida pública não deveria pretender ter uma saúde privada.
Entretanto, o repentino embarque da governadora para uma viagem aos Estados Unidos a fim de submeter-se a revisão de uma cirurgia para a correção de um aneurisma realizada em São Paulo, acabou deixando para trás uma série de indagações. Se uma intervenção cirúrgica de alta complexidade pôde ser realizada sem problemas no Brasil, por que sua revisão teria de ser feita nos Estados Unidos?
Sendo, como anunciam seus meios de comunicação, um simples check-up de rotina, qual a razão da governadora, na sua volta, ter de permanecer seis dias em recuperação na capital paulista?
É claro que torcemos para que a governadora regresse ao Maranhão com a sua saúde na mais perfeita ordem. Estamos aqui apenas repercutindo o que se ouve nos últimos dias nas rodas de conversas o que, convenhamos, não deixa de ser estranho.
(J. Canavieira)
Caro Amigo Canavieira:
Bem lúcido seu artigo e diria eu, salutar sua preocupações com a “saúde” da governadora do TSE. Afinal estamos próximos de mostra novamente a ela e seu tribunal, que, também sabemos dá um “grau” no destino político do nosso estado, derrotando os dois nas próximas eleições.
Existe também um mistério nessa viagem da governadora que teima e não sair da minha cabeça, é que lá nos States tem uma gama de Cassinos luxuosos (foto)pra quem gosta de um carteado, de uma mesa verde etc... Será???
São raros os exemplos de políticos no Brasil que assumem publicamente suas doenças. Talvez por receio dos desdobramentos negativos que possam se seguir ao anúncio dos seus males, preferem omitir seu estado de saúde até onde isso for possível. Da história recente temos o caso do presidente eleito, Tancredo Neves, que não tendo como esconder o seu quadro às vésperas de assumir a presidência, teve seu diagnóstico de um tumor transformado em uma prosaica diverticulite.
A reposição da verdade só chegaria 20 anos depois. No início dos anos 60 o político piauiense Petrônio Portela, então prefeito de Teresina e depois ministro da Justiça no governo militar, não permitiu nem mesmo que seus correligionários mais próximos ficassem sabendo que iria aos Estados Unidos extrair um pulmão canceroso.
Agendou um encontro com o presidente americano John Kennedy para desviar a atenção do principal motivo da viagem. Contrariando essa quase regra, a governadora Roseana Sarney, reconheça-se, nunca guardou segredo da fragilidade da sua saúde. Ao contrário, até demonstra satisfação em exibir sua olímpica marca de 21 cirurgias que, longe de causar-lhe algum tipo de tropeço político, até tem ajudado nos seus embates eleitorais. De mais a mais, quem leva uma vida pública não deveria pretender ter uma saúde privada.
Entretanto, o repentino embarque da governadora para uma viagem aos Estados Unidos a fim de submeter-se a revisão de uma cirurgia para a correção de um aneurisma realizada em São Paulo, acabou deixando para trás uma série de indagações. Se uma intervenção cirúrgica de alta complexidade pôde ser realizada sem problemas no Brasil, por que sua revisão teria de ser feita nos Estados Unidos?
Sendo, como anunciam seus meios de comunicação, um simples check-up de rotina, qual a razão da governadora, na sua volta, ter de permanecer seis dias em recuperação na capital paulista?
É claro que torcemos para que a governadora regresse ao Maranhão com a sua saúde na mais perfeita ordem. Estamos aqui apenas repercutindo o que se ouve nos últimos dias nas rodas de conversas o que, convenhamos, não deixa de ser estranho.
(J. Canavieira)
Caro Amigo Canavieira:
Bem lúcido seu artigo e diria eu, salutar sua preocupações com a “saúde” da governadora do TSE. Afinal estamos próximos de mostra novamente a ela e seu tribunal, que, também sabemos dá um “grau” no destino político do nosso estado, derrotando os dois nas próximas eleições.
Existe também um mistério nessa viagem da governadora que teima e não sair da minha cabeça, é que lá nos States tem uma gama de Cassinos luxuosos (foto)pra quem gosta de um carteado, de uma mesa verde etc... Será???
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