segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Saiu no Pêta...


O grupo Sarney está tentando sabotar a administração municipal de Pinheiro. Eleito a reboque do ex-prefeito e atual secretário dos municípios, Filuca Mendes, o prefeito José Arlindo parece sofrer pesado boicote do principal representante sarneysista na região, Filadelfo Mendes Neto, o Filuca. Tudo começou com Jackson Lago: preste a ser expulso do cargo, o ex-governador teria destinado uma monta de R$ 2 milhões à gestão José Arlindo, a fim de que fosse edificado, em Pinheiro, um Hospital de Referência Regional. Ao se apossar do governo estadual, um dos primeiros atos de Roseana Sarney foi retomar de volta a verba aos cofres do estado. Daí, a relação entre ambos começou a se azedar. Em várias entrevista, Filuca tem afirmado que “Pinheiro não precisa de hospital”. Mais recentemente, talvez para fixar no inconsciente coletivo e no conformismo do próprio Zé Arlindo, Filuca arquitetou uma crise financeira, fictícia, pela qual, segundo ele, “estão passando todas as prefeituras”. E para da ênfase ao seu factóide, usando do seu poder de arregimentar prefeitos, Filuca até promoveu, em Pinheiro, um encontro entre gestores municipais, cujo tema em pauta era a lendária crise. E no final da doutrinação, Filuca exortou Zé Arlindo a tirar as pessoas más de sua equipe. Entende-se aqui como “pessoas más” aquelas que abrem os olhos do prefeito para as malícias do adversário. Antes, Roseana preteriu um pedido do atual prefeito contrário à construção de uma penitenciária, na Princesa da Baixada. O que pode estar por trás dessas manobras:

– Filuca cobiça a candidatura de deputado federal e a reeleição do filho, Victor Mendes, a deputado estadual. Zé Arlindo, fazendo uma boa administração, pode ofuscar ou eclipsar os feitos do período comandado por Filuca.

– Nessa ciumeira toda, o hospital é ponto-chave, porque, pela sua dimensão e importância, ele, sozinho, suplantaria todas as obras das quais Filuca foi mero acompanhante, nos seus longos oito anos de governo. Mero acompanhante, sim, pois, foram projetos elaborados e custeados pelo Governo Federal, a quem cabia cobrar resultados. Assim sendo, tais realizações poderiam ter coincidido com a administração de um prefeito qualquer, dentro daquele período já preestabelecido para suas execuções.

– Uma Casa de Saúde de tamanha envergadura, por mais curta que seja a memória do brasileiro, jamais seria dissociada da figura de Zé Arlindo, e, por extensão, do seu histórico e fiel correligionário, Jackson Lago. Seriam duas cajadadas numa sarneyzada só. Acuado, Arlindo vive o seguinte dilema: romper com a sarneyzada para conservar-se leal à linha ideológica de Jackson e PDT, e ter a sua administração engessada de uma vez, já que com o seu ‘Sarney-card’ Filuca tem poderes de abrir e fechar as portas de Ministérios, Secretarias, Fundações, etc., em todos os níveis dos governos. Além de poder acionar polícia e justiça para retaliar seus desafetos. Ou Arlindo deve sujeitar-se ao papel de “lâmpada apagada”, para manter o brilho de Filuca na memória do eleitorado pinheirense.

(Benigno Dias – Pinheiro / MA)

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