O mesmo ministro que conduziu a cassação do mandato de deputado do ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) já foi alvo de investigações e, ainda, esteve presente na delação de uma das principais figuras da Operação Lava Jato: Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS.
Uma troca de mensagens do celular de Léo Pinheiro, de 2014, foi interceptada pela Lava Jato. Na conversa com o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele pergunta se o empresário iria ao aniversário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. E também marcam encontro no Rio de Janeiro.
“Léo Pinheiro mantinha contatos frequentes com o ministro Benedito Gonçalves, a ponto de o mesmo solicitar atendimento para seu filho, tendo Léo Pinheiro escalado para tal tarefa o advogado da OAS, Bruno Brasil”, diz o relatório de análise das mensagens feito pela Polícia Federal, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
Após as revelações, a relação entre os dois se tornou alvo de uma investigação sigilosa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas acabou sendo arquivada a pedido da então procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Responsável por fundamentar a decisão que cassou o aintigo procurador-chefe da Lava Jato, Benedito teria conhecido Léo Pinheiro em 2013. Segundo a delação, os dois tiveram um encontro para discutir disputas judiciais envolvendo a construtora OAS no Superior Tribunal de Justiça (STJ), do qual o magistrado também é integrante. O empresário disse também que, até o início de 2014, o ministro julgou favoravelmente em duas causas que a empresa pleiteava.
Segundo o ex-presidente da OAS, Benedito pediu apoio na disputa por uma vaga no STF.
O ministro Benedito Gonçalves recebe carinho de Lula |
Nenhum comentário:
Postar um comentário