O presidente Jair Bolsonaro reafirmou na noite desta terça-feira (20) sua decisão de vetar o fundo eleitoral (ou 2fundão”) de R$5,7 bilhões aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada, para financiar a campanha eleitoral de 2022 com dinheiro público.
A decisão do presidente da República ao “fundão eleitoral” pornográfico foi antecipada pelo jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.
Eleito em 2018 gastando R$2 milhões, Bolsonaro tem autoridade para vetar essa tunga. Além disso, é a única maneira de demonstrar que não participou da armação que resultou na aprovação da medida. O Congresso deverá derrubar o veto e, assim, assumirá totalmente o ônus da decisão que revolta os brasileiros.
“Defendemos, acima de tudo, a harmonia entre os Poderes, bem como a sua autonomia. É partindo deste princípio que jogamos, desde o início, dentro das quatro linhas da Constituição Federal. Dito isso, em respeito ao povo brasileiro, vetarei o aumento do fundão eleitoral”, escreveu o presidente em uma rede social.Ontem (19), o presidente havia reiterado à Rádio Nacional, em entrevsta, a intenção de vetar o valor aprovado pelos parlamentares.
“A tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito aos trabalhadores, ao contribuinte brasileiro”, disse o presidente. Ele defendeu que o recurso poderia ser melhor aplicado na construção de pontes e construção de malha rodoviária, por exemplo.
O fundo de financiamento de campanha foi criado após a proibição do financiamento privado, em 2015, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que as grandes doações empresariais desequilibram a disputa eleitoral. Nas eleições de 2018, o valor reservado para as candidaturas foi R$ 2 bilhões. O veto presidencial, se confirmado, precisará ser analisado pelos congressistas, que podem derrubá-lo.
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