O suspeito de assassinar a tiros um empresário dentro de uma clínica veterinária no bairro Monte Castelo, em São Luís, se entregou à Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (11). Em depoimento, o médico veterinário Daniel Leite Cardoso, de 35 anos, confessou a autoria do crime.
A polícia havia expedido um mandado de prisão temporária de 30 dias contra o suspeito. Segundo a polícia, ele chegou à sede da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), acompanhado de um advogado e entregou a arma usada no homicídio. O revólver possui registro.
Daniel Leite, segundo a polícia, é frequentador de clube de tiro e possui licença para porte de arma. Além disso, o suspeito possui duas passagens na polícia por dano e uma por ameaça.
De acordo com Leonidas Santos Sousa, advogado de defesa de Daniel Leite, ele teria efetuado os disparos após ter sido agredido pela vítima e não tinha a intenção de assassinar o empresário.
“Ele narrou que naquele dia teria tido uma discussão muito forte, ele teria sido agredido pela vítima conforme consta no circuito interno de TV, e ele reagiu a agressão. Ele disse que não tinha a intenção de tirar a vida de ninguém, afinal ele não conhecia a pessoa e não tinha inimigos”, disse o advogado.
Após prestar depoimento, Daniel Leite Cardoso foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames de corpo de delito. Em seguida, ele foi levado para o Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O caso ainda continua sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Área Oeste de São Luís.
Entenda o caso
O empresário José Eduardo Viegas Costa, de 39 anos, foi assassinado com nove tiros dentro de uma clínica veterinária no bairro Monte Castelo, em São Luís, na noite de quarta-feira (9). O suspeito de praticar o homicídio é o médico veterinário Daniel Leite Cardoso, que prestava serviços à clínica. Ele fugiu após o crime.
Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime teria sido uma discussão entre a vítima e o veterinário, por causa do valor de um procedimento feito em um gato de estimação e do pedido de uma nota fiscal. O empresário teria reclamado do preço cobrado pelo procedimento.
As investigações apontam que ambos teriam chegado a um acordo sobre valor, mas após o empresário ter exigido a nota fiscal, o médico veterinário afirmou que não poderia imprimir a nota no momento. A vítima teria exigido a nota fiscal e os dois voltaram a discutir. Em seguida, o suspeito efetuou os disparos contra o empresário.
De acordo com o delegado George Marques, da SHPP, no momento do crime o empresário estava acompanhado com a companheira, que também foi atingida por um tiro na mão, mas não corre risco de vida.
José Eduardo ainda chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito ainda no local. Ele foi velado e enterrado na quinta-feira (11), em São Luís.
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