sexta-feira, 3 de julho de 2020

ALERTA! Estudo aponta novo aumento de casos da Covid-19 no MA

Um estudo divulgado nesta semana pelo médico epidemiologista Antônio Augusto Moura Silva, professor doutor titular do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), e professor de Epidemiologia do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Ufma, alerta para o fato de que o Maranhão pode estar entrando em uma segunda onda de contaminação pelo novo coronavírus após a reabertura de vários setores da indústria e do comércio.
Os dados são do Grupo de Modelagem Covid-19 da Ufma, e apontam para a retomada da curva de crescimento de novos casos da doença, tanto na Ilha, quanto no continente, na primeira semana de julho.
Segundo o professor, há três tendências novas na disseminação do vírus que têm preocupado os cientistas da Ufma.
“A primeira, que começou a aparecer nos dois últimos dias, é que a gente vinha tendo uma queda nos casos ativos, vinha diminuindo dia após dia. Essa tendência foi interrompida. Então, ontem [quarta-feira], pela primeira vez, no Estado, houve um crescimento no número de casos ativos”, declarou Antônio Moura da Silva, em live realizada na noite de quinta-feira (2) – veja aqui a íntegra da transmissão.
Ele pontuou, também, que a tendência de estabilização no número de casos novos no interior do estado foi interrompida.
“Outra coisa que também está nos preocupando bastante, que a gente vinha falando até a semana passada, que a gente estava considerando como uma tendência de estabilização, já indicando uma queda, no número de casos novos no Maranhão continental”, acrescentou.
De acordo com o professor, a mesma indicação de “reversão de tendência de queda” está sendo percebida na Região Metropolitana da capital. “A mesma reversão de tendência que foi detectada no Maranhão continental, a gente também detectou na Ilha nesta última semana. A gente vinha na Ilha com uma situação bem favorável, já era a quarta semana seguida de queda nos casos, e, agora, você tem aí uma indicação de que possa estar havendo uma reversão de tendência”, completou.
Apesar do alerta de possível “repique” da transmissão – ou de expansão da epidemia para novas áreas -, Antônio Moura da Silva ressalta que uma conclusão definitiva deve aguardar a análise de mais dados.
“A gente precisa observar pelo menos duas semanas para poder dizer: ‘realmente estamos tendo uma reversão'”, avaliou.

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