A Polícia Federal saiu às ruas, nesta quinta-feira (25), para cumprir ordens judiciais no âmbito da Operação Fiat Lux, mais uma etapa da Lava Jato, que investiga fraudes na estatal Eletronuclear.
Ministro das Minas e Energia no segundo governo Lula, entre 2005 e 2007, Silas Rondeau é um dos alvos, além do ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes (DEM-CE).
Procurado em vão nos seus endereços no Rio e em Brasília, Rondeau está sendo procurado pela PF, que também tem mandado de prisão expedido contra Anibal Gomes, condenado recentemente pela Segunda Turma do STF, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A investigação teve como base a colaboração premiada dos lobistas Jorge Luz e o filho, Bruno, ligados ao PMDB. Os Luz foram presos em Miami em 2017, por ordem da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.
Foram expedidos 12 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, nos estados do Rio de Janeiro (capital, Niterói e Petrópolis), São Paulo e no Distrito Federal.
Os envolvidos tiveram sequestrados os seus bens e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207 milhões.
São investigados contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear, objeto também operações Radioatividade, Irmandade, Prypiat e Descontaminação.
Os delatores Jorge e Bruno apontaram pagamento de vantagens indevidas em pelo menos seis contratos firmados pela Eletronuclear.
Os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados.
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