terça-feira, 29 de outubro de 2019

Fundo soberano da Arábia Saudita vai investir US$10 bilhões no Brasil

A Arábia saudita investirá no Brasil, por meio do seu fundo soberano, até US$ 10 bilhões, segundo anunciaram os dois países em comunicado conjunto nesta terça-feira (29), após o encontro do presidente Jair Bolsonaro com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
O grupo Mubadala, um dos dois grandes fundos soberanos dos Emirados Árabes Unidos, decidiu elevar os investimentos no Brasil. “Intenção é investir em portos, estradas, mineração, imóveis e entretenimento”, escreveu Bolsonaro em publicação no Twitter.
De acordo com ele, o Brasil recebeu US$ 28 bilhões em investimentos estrangeiros nos primeiros seis meses de 2019, resultado que coloca o país como o quarto principal destino do fluxo de capital entre os países do G20, o grupo das maiores economias do mundo.
Além disso, segundo o presidente, dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), indicam um aumento do fluxo de investimentos para o Brasil.
Bolsonaro está na Arábia Saudita, depois de passar por Cartar e Emirados Árabes Unidos. No Oriente Médio, o objetivo do presidente e sua comitiva de ministros é atrair os investidores, em especial para os projetos de concessões e privatizações do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Os países dessa região são donos de grandes fundos soberanos em busca de oportunidades em países emergentes. Eles também são grandes compradores de produtos do agronegócio brasileiro e compradores promissores de produtos de defesa.
Na noite de terça, Bolsonaro se encontra com investidores, em jantar oferecido pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Nesta manhã, em Riad, o presidente se reuniu com o presidente do Grupo Goldman, Sachs & Co, John Waldron.
Amanhã (30), antes da viagem de volta ao Brasil, o presidente ainda deve participar de um fórum sobre investimentos futuros. A previsão é que ele chegue na quinta-feira (31) pela manhã em Brasília. O presidente viajou no dia 19 e passou por cinco países da Ásia e Oriente Médio: Japão, China, Amirados Árabes Unidos, Catar e, por último, a Arábia Saudita.

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