Todas as cidades do mundo são bonitas! Mas a mais bonita é a cidade em que a gente nasceu. Porque lá está a infância, o primeiro banho de chuva, o dia amanhecendo junto com a bênção da mãe, do pai, do avô, e da avó, os galos cantando de madrugada nos quintais, o caminho da escola, a primeira professora, o lápis e o caderno novo, as brincadeiras no meio da rua, a festa do padroeiro, o banho no rio, as borboletas e os vagalumes, e o primeiro amor.
Pinheiro também é assim, uma cidade tão bonita, que é chamada de Princesa. Por causa da praça da Matriz, onde tantas gerações tocaram violão? Dos campos que vestem longos vestidos verdes, depois se inundam com águas e farturas? Do pescador que, jogando a rede, alimenta os filhos e o mundo? Das lendas que caminham nas ladeiras e becos escuros? Do canto dos bem-te-vis, de peito amarelo como o dia? Das curacangas que cruzam o céu, nas noites escuras, sem lua? Do sabor do peixe, dividido em tantos pratos na mesa? Da sua gente tão cheia de humor diante da vida? Do som dos tambores em festanças de amanhecer? Do pôr do sol, quando a tarde desanda a inventar cores?
Ao lado da princesa, passa um rio, também o mais bonito do mundo. Seu nome? Pericumã! Basta ele encher que os campos viram mar, e assim vai criando e recriando, flores, peixes, animais, sonhos e gente, até se encontrar com o mar. Mas antes, bem antes, por onde passa revela um segredo: Se Pinheiro é princesa, o Pericumã é o seu Rei, e juntos, entrelaçados de amor e eternidade, escolheram por reino a Baixada.
Parabéns, Pinheiro!!!
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