terça-feira, 7 de agosto de 2018

Lula admite que está inelegível ao desistir de pedido de soltura ao Supremo

Supremo Tribunal Federal (STF) seu pedido de soltura temendo ser embutida, contra sua vontade, uma discussão sobre sua elegibilidade, segundo informaram seu vice, Fernando Haddad, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), que o visitaram prisão nesta segunda (6).
Após 78 recursos à Justiça somente no caso pelo qual cumpre pena de 12 anos e 1 mês de prisão, a senadora agora afirma que Lula “não aceita a ‘chicana’ representada pela ‘antecipação da discussão sobre a legitimidade de sua candidatura à Presidência.” Ela ainda contou outra lorota, afirmando que o político presidiário “abriu mão de sua liberdade em nome do compromisso com o país e de sua dignidade”, sem explicitar esse compromisso ou de que maneira a dignidade do petista foi preservada.
Lula não quer ser declarado inelegível agora porque a estratégia é manter a expectativa de sua improvável candidatura, como forma de ajudar a mobilizar votos para a eleição de uma bancada expressiva do PT no Congresso Nacional.
A solicitação traz tanto a desistência do pedido para Lula esperar em liberdade, o julgamento de recurso contra sua condenação, no caso do tríplex do Guarujá nas instâncias superiores, como a suspensão da análise da sua inelegibilidade pela corte.”Diante do mistifório entre a pretensão de liberdade plena do requerente que foi efetivamente deduzida nestes autos e a discussão em torno dos seus direitos políticos, imprevistamente colocada em ribalta, a defesa desiste do feito sem prejuízo de eventual renovação ‘opportuno tempore’ “.

Os advogados buscam evitar que a inelegibilidade seja julgada pela Suprema Corte, pois se o STF decidir que Lula está inelegível, esse é o fim de todas as chances de recursos, que eles acreditam ter.
Em junho, Fachin negou conceder a liminar para suspender a prisão de Lula, e questionou os advogados porque desejavam retirar a questão da inelegibilidade do recurso.
No entanto, a defesa de Lula recorreu e afirmou que a análise da questão jamais foi solicitada, que objetivo era analisar somente a execução da pena. “O embargante requereu exclusivamente a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de Apelação para restabelecer sua liberdade plena. A petição inicial, nesse sentido, é de hialina clareza ao requerer o efeito suspensivo para impedir a ‘execução provisória da pena até o julgamento final do caso pelo Supremo Tribunal Federal”.
O ex-presidente Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro e teve sua pena confirmada e aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-A) a pena de 12 anos e um mês no caso do tríplex do Guarujá, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. A condenação em segunda instância torna Lula Ficha Suja. Lula está preso desde 7 de abril na Sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

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