Até o fim da década de 80, a Rádio
Timbira era a emissora de maior audiência e alcance no estado. Nesse período,
Sarney começa a montar seu império de comunicação. Em 1988, inaugura a rádio
Mirante AM, que passa a comandar a maior rede de rádios do estado.
Coincidentemente, começa o desmonte da
emissora estatal. No governo Lobão, um projeto megalomaníaco que teria como
objetivo aumentar a potência e consequentemente alcance da rádio com
transmissor de 50kw se mostrou uma trama para desviar recursos e sucatear a
Timbira.
Após
a transferência do parque de
transmissores do Bairro de Fátima para o longínquo distrito industrial,
no Maracanã,
a rádio passou a definhar, pois perdeu qualidade de som. A nova
localização dos
transmissores, em área de difícil irradiação, contribuiu para a perda de
potência e alcance. O caminho estava aberto para o fortalecimento dos
sistemas
rádios Mirante e Difusora de rádio. Só por coincidência das família
Sarney e
Lobão.
Isso não foi o bastante. Em 1995,
Roseana Sarney propõe a privatização da emissora, ao arrepio da lei. Com a
impossibilidade legal da venda da concessão pública, a filha de Sarney extingue
a rádio oficialmente enquanto empresa pública. Exonera os profissionais e anexa
a emissora à Secom. É o enterro daquela que foi o principal meio de comunicação
do estado.
A partir daí, a Timbira passou a
perambular em sua indigência. Chegou a ser abrigada na Ceasa. O ex-governador
Jackson Lago tentou resgatar a rádio com aquisição de novo transmissor (que
está em operação), mesa de áudio e diversos equipamentos, com investimento da
ordem de R$ 350 mil. Veio o golpe de 2009 e Roseana Sarney mandou para
o limbo a tentativa de resgate da Timbira. Não satisfeita fez pior.
Mesmo no ostracismo, quase dez anos
depois de acabar com a rádio, a então governadora ordenou a retirada dos
ouvintes da programação. Seria o tiro de misericórdia na indigente Timbira, que
desta feita funcionava num pardieiro na Avenida Beira Mar, onde ratos, baratas,
cupins e outros insetos dividiam espaço com os aguerridos profissionais.
Com a ascensão de Flávio Dino ao governo
começa o processo de reestruturação completa da rádio, que ressurge feito uma
fênix e volta a liderar a audiência e ser espaço democrático, com a livre
participação dos ouvintes em toda a programação, sem filtro ou censura. É
exatamente contra isso que os Sarneys, que se esmeraram para destruir a rádio, insurgem-se
agora na tentativa de fechar a única tribuna livre do povo maranhense.
Com informações do Blog Marrapá.
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