Outras três pessoas são alvos de mandados de prisão a cargo da Polícia Federal e do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, incluindo Marcelo Salles, diretor-geral, do Senac-RJ e Sesc-RJ. Os outros são Plínio José Freitas Travassos Martins e Marcelo Fernando Novaes Moreira. Afastado do Sesc-Rio desde dezembro, por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ele é acusado de haver desviado ao menos R$3 milhões de duas entidades do Sistema "S", o Sesc e o Senac-RJ, para a empresa Thunder Assessoria Empresarial, da qual é sócio-administrador.
Diniz teria tirado dinheiro das entidades entre 2010 e 2015 usando notas fiscais frias emitidas, a pedido de Cabral, pelas empresas Dirija Veículos e a Viação Rubanil. Diniz e os demais suspeitos são acusados de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e de organização criminosa.
Os investigadores apuram indícios de que Diniz usou o esquema de lavagem montado pela organização criminosa de Sérgio Cabral para esquentar recursos ilícitos. O MPF também descobriu que a organização criminosa mantinha sete funcionários fantasmas no “Sistema S”, que eram pessoas e parentes ligados a membros da quadrilha.
A Fecomércio-RJ também é acusada de gastar cerca de R$180 milhões na contratação de escritório de advocacia. Somente com o escritório de RobertoTeixeira, compadre e advogado do ex-presidente Lula, foram R$68 milhões, sendo R$1 milhão pagos em espécie. Também era contratante do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral, no valor de R$20 milhões.
Os envolvidos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, de corrupção e pertencimento a organização criminosa.
Os agentes da Polícia Federal só conseguiram entrar no prédio onde Diniz mora, no Leblon, Zona Sul do Rio, por volta das 6h20, pois não havia ninguém na portaria. Além dos quatro mandados de prisão, há mandados de busca e apreensão. Um dos locais onde os agentes fazem buscas é a sede do sistema Fecomércio, na Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, na Zona Sul do Rio.
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