quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Tucanos se unem contra intervenção e rechaçam projeto pessoal de Roberto Rocha

A maioria do PSDB do Maranhão está unida. As principais lideranças do partido reuniram prefeitos, vereadores e militantes. Decidiram resistir à tentativa de intervenção no Diretório Estadual defendida pelo senador Roberto Rocha e pelo ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira.
Os deputados estaduais Neto Evangelista e Marcos Caldas, o suplente de senador Pinto da Itamarati, o prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando, e dezenas de prefeitos e lideranças anunciaram apoio à reeleição do atual presidente, vice-governador Carlos Brandão, na convenção estadual, no dia 11 de novembro.
“O PSDB está unido. Nós vamos no mesmo caminho definido pelo nosso líder maior Carlos Brandão. Estarei junto com Brandão”, anunciou Itamarati, suplente de Roberto Rocha.
O prefeito Luis Fernando defendeu a união em torno da permanência de Carlos Brandão no comando do PSDB. “Não posso abrir mão de minha convicção municipalista para me curvar a aquém quer que seja. Outra razão que me fez acompanhar Brandão foi o convite indireto do governador Flávio Dino, que me convidou para o partido dele, mas aceitou que eu viesse para o PSDB. Todos unidos somos muito mais fortes”, disse.
Neto Evangelista criticou a possibilidade de intervenção e o viés patrimonialista, que Rocha e aliados tentam impor ao partido. “Momento é de união para mostrar ao país que não aceitamos vir de goela abaixo decisão de Brasília. Quem conhece a realidade do Maranhão somos nós que estamos aqui no estado”, afirmou.
Para o tucano, é um retrocesso a intervenção e filiação de pessoas estranhas, que deixaram o partido por interesse próprio e foram expulsos de seu partido atual e querem retornar ao PSDB. “Não aceito essa desconstrução que estão tentando fazer com o nosso partido. Esse momento é muito importante de unidade para mostrar a todos que querem ver o PSDB fortalecido”, afirmou Evangelista.
O vice-governador Carlos Brandão lembrou a aliança feita com nove partidos de diferentes ideologias para vencer o grupo Sarney, em 2014. “Hoje o senador que mais critica Flávio Dino foi o maior beneficiado. Ele não tinha condições de se eleger e foi eleito porque Flávio Dino estava com uma vantagem muito grande e nos últimos 15 dias deixou de fazer campanha para ele para puxar Roberto Rocha que estava lá em baixo”, disse.
Presidente do partido, Brandão afirmou que haverá eleição em todos os estados por resolução do Diretório Nacional. “Faço um desafio a Roberto Rocha e Madeira: se quiserem participar de forma democrática e legítima no partido que se inscrevam e disputem a eleição comigo”, disse.
O deputado estadual Marcos Caldas disse apoiar a permanência de Carlos Brandão e a permanência do partido na base do governo Flávio Dino. “Se estão querendo colocar diretoria de goela abaixo o deputado Marcos Caldas não aceita. Não podemos aceitar, Estamos prontos para trabalhar pelo nosso candidato a presidente (da República). Temos compromisso desde a eleição passada e time que está ganhando não se mexe. O governador Flávio Dino tem feito grande trabalho. Eu não ficarei se não permanecer a atual direção”, antecipou Marcos Caldas.
O presidente do Instituto Teotônio Vilela. Ribamar Soares, também defendeu a continuidade da aliança com o governador Flávio Dino e criticou Roberto Rocha. “Nosso partido tem como base a democracia interna. Se Roberto Rocha quiser ser presidente deste partido ele que venha, organize diretórios e participe da convenção. Que ele tenha esta coragem de participar da convenção, mas não em processo intervencionista que não se adunam aos modos do nosso partido”, afirmou.

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