quinta-feira, 18 de maio de 2017

Atingidos, tucanos já especulam queda de Temer e nome para eleição indireta


Folha.com

Alan Marques – 4.out.2016/Folhapress
BRASÍLIA, DF, BRASIL, 04.10.2016. O senador Aécio Neves almoça com os senadores do PSDB, no 14 andar do Senado, para comemorar o resultado do primeiro turno das eleições municipais e definir a ação do PSDB no projeto de reforma política elaborado pelo partido (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
Senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB citado na delação
 da JBS
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O terremoto da delação da JBS atingiu de forma especialmente dura o PSDB. Líderes do partido ouvidos pela Folha consideravam, na noite da quarta (17), que a situação de Michel Temer estava se tornando “insustentável”.
Isso não significa um desembarque imediato do maior partido aliado ao Planalto sob o PMDB, contudo, por dois motivos.
Primeiro, porque a sigla está intrinsecamente ligada ao escândalo -na figura de seu presidente, o senador Aécio Neves (MG). Segundo, porque ainda estão tentando absorver o impacto e traçar estratégia para a hipótese de Temer cair, o que no momento depende basicamente de uma renúncia do peemedebista.
Tucanos já especulam quem poderia ser o nome numa eleição indireta, cujas regras ainda teriam de ser estipuladas pelo Supremo Tribunal Federal. Essa pessoa deveria, na avaliação dos caciques, se comprometer com as reformas em curso no Congresso e com a transição até a eleição direta de 2018.
Nas primeiras conversas após a revelação das gravações, foi citada a hipótese de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ser tal pessoa. Aos 85 anos, entretanto, FHC não teria disposição para a tarefa, segundo avaliam.
O ex-ministro de FHC, Lula e Dilma Nelson Jobim também aparece, volta e meia. Mas seu envolvimento na defesa de acusados na Lava Jato e o fato de que o grande negócio de sua gestão na Defesa, a compra de submarinos da França, estar na mira da operação, são fatores contra o seu nome.
Outros falam em algum nome do Judiciário, como a presidente do STF, Cármem Lúcia, mas com reticência.
A ordem, até um segundo momento, é manter o trabalho parlamentar enquanto a crise se desenvolve do outro lado da praça dos Três Poderes.

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