Alunos da UFMA em Pinheiro, foram as ruas numa caminhada simbólica em defesa da Universidade.
A manifestação saiu da Praça do Centenário seguiu pela avenida principal até a Câmara de Vereadores, onde foram recebidos pelo Presidente Elizeu de Tantan e demais edis, os mesmos foram convidados a entrar e participar da seção e mostrar as autoridades e a sociedade a situação em que se encontra o campus.
Prefeitura de Pinheiro:
Em reunião realizada nesta sexta-feira, 24, na Cidade Universitária Dom Delgado, entre a Reitora Nair Portela e o Prefeito da cidade de Pinheiro, Luciano Genésio, a Universidade Federal do Maranhão reafirma parceria firmada anteriormente entre o Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES) e a UFMA.
A reunião abordou as dificuldades enfrentadas pelo câmpus Pinheiro, como a infraestrutura e atrativos para receber novos profissionais, no caso do curso de medicina, a criação de cursos de especialização e pós-graduação como forma de fidelizar estes alunos àquela região.
Como já havíamos postado AQUI: REVEJA
Ao final foram distribuídas aos vereadores e publico presente uma carta aberta veja abaixo na integra:
CARTA ABERTA EM DEFESA DA UFMA CAMPUS DE PINHEIRO
A Universidade Federal do Maranhão, desde a década de 1980, vem atuando na Baixada Maranhense,
com o foco no município de Pinheiro, por meio da oferta de Cursos de Extensão e outros projetos
de ensino e pesquisa, funcionando em caráter não formal até 2010.
Em decorrência do processo de expansão das universidades para o interior do Brasil com a
criação do REUNI – Projeto do Governo Federal, assinado pela UFMA, em 2007 e gestado desde então,
foram implantados diversos campi no interior do Maranhão para abrigar os cursos de Licenciatura em
Ciências Humanas e Ciências Naturais.
Em Pinheiro, a UFMA passou a funcionar no prédio do DNOCS, na Prainha, abrigando os Cursos
de Licenciatura citados. Naquele momento, as condições eram muito precárias, com a Instituição funcionando
num prédio adaptado de um antigo hotel. Além disso, professores tiveram que trabalhar em
condições insalubres e alunos assistirem aulas e realizarem sua formação em um ambiente inadequado.
No ano de 2012, foi inaugurado o prédio da UFMA na estrada de Pacas. As condições foram
melhoradas e os professores, técnicos e alunos puderam encontrar um ambiente bem mais adequado
para a realização de suas atividades. O processo de expansão continuou e outros cursos foram criados
e implantados, a exemplo de Medicina (2014), Enfermagem (2014), Educação Física e Engenharia de
Pesca (2015).
Até 2015, esses cursos tiverem que dividir o espaço físico com as Licenciaturas (apenas 8 salas
de aula para 6 cursos). Apesar das dificuldades, professores, gestores, técnicos e alunos foram tentando
se adaptar a este crescimento, visto que esta situação era provisória, uma vez que foram feitas promessas
de investimentos de recursos federais para a construção dos prédios que abrigariam os cursos
recém-criados.
Depois de muita espera o prédio da Saúde foi construído com recursos do REUNI e do Programa
Mais Médicos, do Governo Federal, com mais salas e laboratórios, abrigando majoritariamente o Curso
de Medicina, mas também os cursos de Enfermagem e Educação Física.
O curso de Engenharia de Pesca – sem salas, laboratórios e livros desde a sua criação, resolveu
ocupar um antigo prédio da UFMA cedido ao Governo do Estado que fica na área do Campus. No
entanto, seu funcionamento, mesmo que provisório, foi custeado pelos professores de Engenharia de
Pesca e de Educação Física, pois a gestão superior, apesar de diversas solicitações, não disponibilizou
naquele momento a estrutura necessária para o funcionamento do curso.
O Curso de Educação Física, em condições ainda piores, não dispõe sequer de uma quadra
poliesportiva adequada para a realização de suas aulas práticas, bem como também não tem acesso a
equipamentos básicos, tais como bolas, argolas, tatames, etc.
Ademais, há também problemas no que diz respeito a quantitativo de servidores para prestar
serviços de maneira satisfatória a comunidade acadêmica. A Biblioteca no Campus, que atende aos
seis cursos do Centro e que deve funcionar das 8h às 21h, só conta atualmente com uma bibliotecária,
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que regimentalmente deve trabalhar apenas 6h por dia de forma ininterrupta, o que prejudica atendimento
ao público, que não pode contar com os serviços da Biblioteca o dia inteiro.
Estes são apenas alguns exemplos das dificuldades enfrentadas pelo Campus de Pinheiro que,
pacientemente, acreditando que os gestores superiores precisavam de tempo para resolver as demandas
dos cursos recém-criados e dos já existentes, esperou que a situação fosse regularizada, inclusive
contando com os recursos pessoais dos docentes e a sua boa vontade, fazendo cotas para que as
atividades do campus não fossem paralisadas, prejudicando ainda mais a formação dos alunos.
Somem-se a isto os problemas estruturais comuns a todos, tais como a falta de iluminação do
espaço externo do campus, gerando perigo para os que transitam ali principalmente no período noturno;
falta de vigilantes, o que agrava o clima e insegurança; inexistência do muro para proteger os que ali se
encontram; a livre circulação de animais, gerando perigo aos transeuntes e possibilidade de acidentes
e transmissão de doenças; internet que não suporta a demanda do Centro; falta de salas de aulas para
abrigar todos os cursos; obras paradas ou não concluídas, gerando prejuízos a todos.
Desta forma, depois de se esperar a resolução de tais problemas pacientemente e ordeiramente
durante todos esses anos, os alunos, docentes, técnicos e gestores, representados pelo Conselho de
Centro do CCHNST, resolveram adiar o início do semestre letivo de 2017 até que os problemas estruturais
básicos sejam resolvidos.
A paralisação das aulas do UFMA – Pinheiro não traz impactos apenas ao público universitário,
pois diferentemente dos ínfimos reflexos da UFMA dos anos 80 na região, atualmente, ela influencia
significativamente a cidade e os municípios do entorno, gerando emprego, renda, conhecimento, pesquisa,
extensão, formando uma geração de jovens que podem modificar profundamente os baixíssimos
índices de desenvolvimento humano desta região.
Se estamos adiando agora o início do semestre – medida drástica, porém no momento, infelizmente,
necessária –, é porque estamos comprometidos com a Universidade Pública, sobretudo, aquela
resultante do projeto de expansão, pois em regiões carentes como a baixada maranhense a presença
de uma Universidade faz uma grande diferença. E se a falta de estrutura gerar o fracasso desse projeto,
levando ao fechamento de cursos sem condições de funcionar atualmente, tais como o de Educação
Física, Engenharia de Pesca, Enfermagem e Medicina, por exemplo, o impacto negativo será na própria
região.
Portanto, estamos lançando um grito de alerta em defesa da UFMA de Pinheiro; precisa-se de
mais estrutura para funcionar e de um orçamento para que as atividades do campus não precisem depender
completamente da UFMA de São Luís, como ocorre atualmente.
Contamos, assim, com o apoio de todos os setores da sociedade civil para que possamos lutar
em favor da UFMA em Pinheiro, uma luta legítima e em prol de melhores condições de trabalho e de
funcionamento dos Curso ali presentes.
Pinheiro, 29 de março de 2017
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