COORDENADOR DA LAVA JATO DEFENDE MEDIDAS CONTRA CORRUPÇÃO
A corrupção
mata. A corrupção é uma assassina sorrateira e invisível e se disfarça em
buracos de estrada", declarou o procurador da República Deltan Dallagnol,
coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal que atua no caso da
Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O investigador defendeu nesta manhã, na
Câmara dos Deputados, as 10 medidas de combate à corrupção previstas no Projeto
de Lei 4850/16, do qual é coautor.
Especialista
em crimes financeiros, o procurador destacou que “a impunidade é um paraíso
para a corrupção” e que o país “precisa de um sistema de desincentivo à prática
de corrupção”. Segundo ele, estima-se que a corrupção desvia R$ 200 bilhões no
Brasil. "Com isso poderia triplicar o valor em investimento em
saúde", disse.
Dallagnol
destacou que as 10 medidas anticorrupção têm o apoio de mais de 100 entidades
da sociedade civil e de mais de 2 milhões de assinaturas. Segundo ele, as
medidas funcionam como um sistema de desincentivo à prática de corrupção. “Esse
é um projeto que tem três focos centrais: o primeiro é criar punição adequada,
em termos de pena, fechando as atuais brechas na lei; o segundo foco é prever
instrumentos para recuperar recursos desviados; e, por fim, o terceiro foco é
criar, estimular a informação, a educação e a conscientização da população,
para que tenha reações automáticas de combate à práticas de corrupção”,
explicou Dallagnol.
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