quinta-feira, 23 de junho de 2016

A corrupção mata. A corrupção é uma assassina sorrateira e invisível e se disfarça em buracos de estrada", declarou o procurador da República Deltan Dallagnol

COORDENADOR DA LAVA JATO DEFENDE MEDIDAS CONTRA CORRUPÇÃO

A corrupção mata. A corrupção é uma assassina sorrateira e invisível e se disfarça em buracos de estrada", declarou o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal que atua no caso da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O investigador defendeu nesta manhã, na Câmara dos Deputados, as 10 medidas de combate à corrupção previstas no Projeto de Lei 4850/16, do qual é coautor.
Especialista em crimes financeiros, o procurador destacou que “a impunidade é um paraíso para a corrupção” e que o país “precisa de um sistema de desincentivo à prática de corrupção”. Segundo ele, estima-se que a corrupção desvia R$ 200 bilhões no Brasil. "Com isso poderia triplicar o valor em investimento em saúde", disse.

Dallagnol destacou que as 10 medidas anticorrupção têm o apoio de mais de 100 entidades da sociedade civil e de mais de 2 milhões de assinaturas. Segundo ele, as medidas funcionam como um sistema de desincentivo à prática de corrupção. “Esse é um projeto que tem três focos centrais: o primeiro é criar punição adequada, em termos de pena, fechando as atuais brechas na lei; o segundo foco é prever instrumentos para recuperar recursos desviados; e, por fim, o terceiro foco é criar, estimular a informação, a educação e a conscientização da população, para que tenha reações automáticas de combate à práticas de corrupção”, explicou Dallagnol.

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