Um dos suspeitos de participar
do estupro coletivo da jovem de 16 anos se apresentou aos policiais da
Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) e já foi preso, confirmou a delegada responsável pelo caso, Cristiana Bento, durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (30) .
Raí de Souza é um dos seis procurados pela Polícia Civil do Rio, acusados de envolvimento no estupro coletivo da adolescente no último dia 21, no bairro de Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro.
Além
de Raí, estão sendo procurados Sérgio Luiz da Silva Júnior, conhecido
como Da Russa (apontado como chefe do tráfico do Morro da Barão, na
Praça Seca, onde ocorreu o crime); Marcelo Miranda da Cruz Correa;
Raphael Assis Duarte Belo; Michel Brasil da Silva e Lucas Perdomo Duarte
Santos, namorado da vítima, que deve se apresentar na DCAV ainda hoje.
Da esquerda para a
direita: Sérgio Luiz da Silva Junior, Marcelo Miranda da Cruz Correa,
Raphael Assis Duarte Belo, Michel Brasil da Silva, Lucas Perdomo Duarte
Santos e Raí de Souza.
O
advogado de Santos, Eduardo Antunes, confirmou que ele comparecerá à
delegacia "mesmo que ele fique preso". "A gente sabe que ele está
falando a verdade, vou estudar o pedido de prisão para apresentar as
medidas cabíveis", afirmou Eduardo Antunes.
Antunes
disse que que está analisando a possibilidade de habeas corpus ou
revogação da prisão, já que o crime de estupro de vulnerável é
inafiançável, ou seja, o suspeito não pode ser solto mediante pagamento
de fiança. Lucas é jogador do Boavista, time de Saquarema, na Região dos
Lagos.
O Disque Denúncia oferece R$ 1 mil para quem der informações sobre seu paradeiro.
"Houve estupro"
Durante
a coletiva nesta segunda, a delegada Cristiana Bento, titular da
Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), disse não haver mais dúvidas de que a jovem foi vítima de estupro.
"A minha convicção é de que houve estupro, porque há o vídeo, além do depoimento da vítima. O que é preciso esclarecer é a extensão desse estupro. A gente quer verificar quantas pessoas praticaram esse crime. Mas que houve, houve".
Cristiana
acolheu o caso neste domingo, após o Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro determinar o afastamento de Alessandro Thiers, Delegacia de
Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), agora encarregado de investigar o vazamento das imagens do estupro nas redes sociais.
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