O chefe de gabinete do senador Delcídio do Amaral, Diogo
Ferreira, confirmou em acordo de delação premiada que sabia da conversa mantida
pela presidente Dilma Rousseff com seu chefe, em que ela revelou a intenção de
indicar o advogado Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ),
com o objetivo seria atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e
proteger os executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez.
Diogo também mencionou a participação do então ministro da
Justiça e atual chefe da Advocacia Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo.
A afirmação de Diogo Ferreira foi citada pelo ministro Teori Zavascki, do
Supremo Tribunal Federal (STF), ao homologar o acordo de delação premiada do
funcionário, que também foi preso junto ao senador.
A conversa com Dilma havia sido relatada pelo próprio
Delcídio, ex-líder do governo no Senado e ex-PT-MS quando foi preso em
flagrante. Na delação, Ferreira
complicou ainda mais a situação do ex-presidente Lula e do filho do pecuarista
José Carlos Bumlai, Maurício Bumlai, trazendo ambos para o centro das
tentativas de impedir a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Ele relata ter participado de encontros com Maurício, de
quem recebeu dinheiro para ser entregue à família de Cerveró. Foram três
entregas de R$ 50 mil feitas por meio do advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, em
São Paulo. As informações são da revista Época.
O chefe de gabinete Diogo Ferreira apresentou como provas
algumas trocas de mensagem de áudio e WhatsApp, combinando o local das
entregas. Segundo a delação de Delcídio, Lula seria principal articulador da
estratégia de "comprar o silêncio" de Cerveró.
Do: Diario do Poder
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