A Companhia de
Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), em parceria com a Arquidiocese de São
Luís, realizou uma cerimônia Natalina, que incluiu um culto, e, em seguida, uma
missa. O evento marcou a adesão do órgão à Campanha da Fraternidade 2016, que
nesta edição debaterá o tema “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”, como lema
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não
seca”.
A celebração natalina ocorreu
na sede da Caema, no Centro de São Luís, com culto evangélico ministrado pelo
Pastor Hamilton Rocha, representante da Igreja Batista do Calhau. Em seguida,
uma missa foi celebrada pelo Arcebispo Dom Belisário da Arquidiocese de São
Luís.
Para Dom Belisário, o
encontro marcou um novo momento para a geração de oportunidades de mais
qualidade de vida aos maranhenses. Já o diretor- presidente da Caema, Davi
Telles, destacou a importância daquele momento por “estar junto desses
guerreiros da nossa Caema, que fazem tanto esforço diário pra que ela continue
existindo porque entendem o saneamento como fundamental”, avaliou.
Telles ressaltou que o
Governo tem feito um esforço muito grande para priorizar o saneamento que,
oportunamente, neste ano, coincide com a Campanha da Fraternidade. “Em 2015 e
2016 o governador Flávio Dino determinou um orçamento para investir em
abastecimento de água nos Programas Água para Todos e no Mais Saneamento. Isso
é uma revolução. Nunca foi investido, nos últimos 30 anos, uma quantia desta”.
A atual gestão do
Governo, preocupada com a desigualdade social, resolveu começar um trabalho
pelos trinta municípios mais pobres do Maranhão. Dos 150 municípios pobres no
Brasil, 30 estão no território maranhense. “E uma coisa que nos incomoda muito
é que há várias escolas, casas sem saneamento, sem água. O governador
determinou fazer 30 sistemas de abastecimento nestes 30 municípios mais pobres
do Estado. Todos eles terão água potável, inclusive nas áreas rurais”, destacou
Davi.
O presidente da Caema
ressaltou a importância da campanha da fraternidade, e ainda falou de algumas
características importantes e muito especiais para o atual momento. “Primeiro por se tratar do saneamento
inspirada em uma encíclica do Papa Francisco chamada de ‘Laudato si’, onde ele
fala da imprescindibilidade do cuidado da nossa casa comum, da nossa natureza,
do cuidado com as nossas águas, do cuidado com o mundo. Segundo lugar porque a
campanha da fraternidade ecumênica acontece pela quinta vez depois de muito tempo,
onde congrega diversas denominações cristãs, inclusive a Igreja Batista, da
qual faz parte o pastor Hamilton. Por fim, porque a Campanha da fraternidade de
2016 tem uma parceria com a Alemanha, que é um país super desenvolvido na área
do saneamento”, disse Telles.
O presidente da Caema
disse aderir a Igreja Católica, e a todos aqueles que estão organizando a
campanha. “No ano que vem a Companhia estará de corpo e alma aderente e
participante da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016”, informou.
Para o promotor do Meio
Ambiente, Fernando Barreto, a água no mundo é fonte de conflito. Segundo ele,
há guerra por água. “Falar em fraternidade é virar um pouco dessa história
porque água é valor econômico, água leva desenvolvimento, por isso, ela gera conflito.
A Campanha da Fraternidade falando de água torna-se essencial porque nós
estamos há 5 anos em seca, nós maranhenses sentimos menos, aqui na capital
sentimos menos, mas quem está lá no sertão sente muito mais. O desafio da água
é universalizá-la, fazer com que ela volte as origens. Precisa-se garantir que
o cidadão mais humilde tenha água e água tratada”, disse.
De acordo com Barreto,
a grande missão é mostrar à população que trata-se o esgoto, trata-se a água
não somente para ir à praia, mas para que cada cidadão tenha direito ao acesso
a água. Para ele, a grande missão é popularizar, é fazer o cidadão comum
entender que isto é um direito que ele tem.
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