sábado, 7 de novembro de 2015

Governo do Estado leva alfabetização para municípios com baixo IDH

Flávio Dino presidiu a solenidade  e destacou o compromisso do governo em erradicar o analfabetismo no estado. Foto: Lauro Vasconcelos
Flávio Dino presidiu a solenidade e destacou o compromisso do governo em erradicar o analfabetismo no estado. Foto: Lauro Vasconcelos
“Sim, eu Posso Ler e Escrever, essa é uma conquista do MST”. Com esse grito de guerra, 450 crianças e adolescentes “Os Sem Terrinhas”, de 26 municípios maranhenses, protagonizaram um dos momentos mais emocionantes da tarde desta sexta-feira (6), em que o governo do Maranhão, por meio da Secretária de Estado da Educação (Seduc), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (FAPEAD), assinou convênio de cooperação com o Movimento dos Sem Terra (MST), para a Jornada de Alfabetização “Sim, eu Posso” – Círculo de Cultura.
O governador Flávio Dino presidiu a solenidade que foi realizada no auditório do Palácio Henrique de La Roque e enfatizou a missão do governo para erradicar com o analfabetismo no Maranhão, cujo índice chega a 19,31%. “Alfabetizar é um grande desafio, por isso a gente precisa reunir forças e energia para que, juntos, possamos alcançar bons resultados. O movimento de alfabetização é uma causa muito importante e ainda temos muito o que fazer. Cabe-nos transformar uma realidade injusta e por isso vocês estão aqui”, destacou Flávio Dino, em seu discurso.
A ação será desenvolvida em parceria com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (SEDHIPOP), inicialmente em oito municípios maranhenses com menor IDH: Aldeias Altas, Governador Newton Belo, Água Doce do Maranhão, São João do Caru, Itaipava do Grajaú, Santana do Maranhão, Jenipapo dos Vieiras e São Raimundo Doca Bezerra.
Assinaram o convênio a Secretária de Estado da Educação, Áurea Prazeres; o reitor da Uema, Gustavo Pereira da Costa; e José de Ribamar Lisboa Moura, representando a Fapead.
“Em pleno século XXI, no Brasil, 50 milhões de adultos ainda não sabem ler e escrever um texto. No Maranhão são cerca de 1 milhão de adultos analfabetos, porque não lhes foram oferecidas condições de aprendizagem. O nosso desafio é gigantesco, mas é possível. O Governo do Maranhão tem a grande missão de corrigir esta injustiça social”, realçou a secretária Áurea Prazeres.
Secretária Áurea Prazeres assinou convênio de cooperação com o Movimento dos Sem Terra (MST), para a Jornada de Alfabetização “Sim, eu Posso” – Círculo de Cultura. Foto: Lauro Vasconcelos
Secretária Áurea Prazeres assinou convênio de cooperação com o Movimento dos Sem Terra (MST), para a Jornada de Alfabetização “Sim, eu Posso” – Círculo de Cultura. Foto: Lauro Vasconcelos
“O governador Flavio Dino elegeu os valores éticos, republicanos e democráticos para conduzir a educação do Maranhão. E essa jornada é uma das nossas Grandes Missões. A UEMA se sente feliz de participar, não só desse projeto, mas desse momento histórico para o Maranhão”, ressaltou o reitor da UEMA.
Maria Divina Lopes, coordenadora do MST no Maranhão, destacou a importância da parceria. “Este é um momento muito esperado pelo MST. A luta pela educação é tão essencial quanto pela terra. A partir dessa jornada pela alfabetização, acredito que podemos ser um exemplo de uma experiência massiva de alfabetização e podemos contagiar o país inteiro para erradicar o analfabetismo”, apontou destacando que essa experiência já foi exitosa em países como México e Venezuela, onde haviam índices de analfabetismo elevados.
Durante o evento a adolescente Helena Gabriela, 11 anos, do assentamento Nova Conquista, Açailândia, leu uma carta ao governador falando da paixão pela terra e da necessidade da conquista da terra e da saber. Depois, ganhou um abraço de Flávio Dino.
No convênio cabe à Seduc: indicar profissionais para acompanhar as ações de Mobilização peça Alfabetização; acompanhar e monitorar o início do projeto de forma a garantir a elaboração de cadastro dos participantes; coordenar, em conjunto com o MST, a Mobilização pela Alfabetização; mobilizar as SEMEDs e prefeituras para apresentação do projeto e viabilizar junto à equipe pedagógica da URE a implementação do acompanhamento das ações de formação. Ao MST caberá assessoria político – pedagógica do método “Sim, eu posso” e Círculo de Cultura; coordenar em conjunto com a Seduc as ações para a Mobilização pela Alfabetização; oferecer formação aos técnicos da secretaria sobre as ações de Mobilização pela Alfabetização e realizar o diagnóstico inicial dos alfabetizandos. A Uema fará o acompanhamento de execução da Jornada de Alfabetização “Sim, Eu Posso” nos oito municípios atendidos.
Programa Brasil Alfabetizado
Além do “Sim, Eu Posso”, o governo também já desenvolve o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) em 106 municípios do estado, atendendo 45 mil alunos, com 5.900 turmas comandadas por mais de 5 mil alfabetizadores.
Na Correção idade/série, setor em que 25% dos estudantes maranhenses apresentam distorção idade/série, de até dois anos. A meta do Governo do Estado é garantir a alfabetização de alunos que não conseguiram se alfabetizar na idade correta. Com o ‘Programa Alfabetiza Maranhão’, o Governo do Estado leva assessoria técnica a professores e coordenadores em Educação dos municípios maranhenses. Na primeira etapa, 223 professores participam de formação continuada específica para práticas de leitura, escrita e Matemática, beneficiando estudantes em 57 municípios.
O Estado também atua em parceria com o Governo Federal no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), com formação de professores de escolas estaduais. A Secretaria de Educação encaminhou orientações para as escolas, no início do ano letivo, para que professores com experiência em alfabetização assumam as turmas dos três primeiros anos do ensino fundamental.
ProJovem Campo e Urbano
Com o Projovem Campo Saberes da Terra, o trabalho do governo consiste em elevar a escolaridade de jovens e adultos agricultores, ampliando o número de turmas e beneficiando 841 jovens e adultos agricultores que não concluíram o Ensino Fundamental, entre 18 e 29 anos.
Crianças marcaram presença na assinatura do convênio de cooperação. Foto: Lauro Vasconcelos
Crianças marcaram presença na assinatura do convênio de cooperação. Foto: Lauro Vasconcelos

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