“Tratamento melhor que o daqui de Pinheiro não tem não”, comemora Sebastião Paulino dos Inocentes, 42 anos, um dos mais de 1.300 pacientes que receberam atendimento no Hospital Regional da Baixada Maranhense, Dr. Jackson Lago, inaugurado no dia 28 de setembro pelo governador Flávio Dino e que está absorvendo toda a demanda por tratamento de alta complexidade de 34 cidades da Baixada Maranhense.
Até
a última quinta-feira (22), o Hospital já realizou 44 internações ortopédicas,
21 internações cirúrgicas, 24 internações médicas, sete pediátricas e seis
internações na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os casos que necessitaram de
cirurgias foram 24 ortopédicas, cinco neurológicas e 24 intervenções cirúrgicas
gerais.
A
lavradora Ângela dos Santos, moradora de São Bento, já tinha levado seu filho
Clebernilson, de 11 anos, a vários hospitais da região, sem conseguir
identificar qual o problema de saúde. “Ele começou com uma forte pneumonia,
causando um derrame pulmonar. Aqui os médicos fizeram vários exames e
descobriram que ele tem um sopro no coração (cardiopatia), e nesses 10 dias que
estou aqui ele tem melhorado bastante”, contou a mãe emocionada.
Também
foram realizados atendimentos no setor ambulatorial de alta complexidade, foram
mais 1.167 atendimentos distribuídos entre a clínica geral, pediatria,
ortopedia, cirurgias, neurologia e oftalmologia. Ao todo, o hospital já
realizou, antes mesmo de completar um mês após a inauguração, 1.322
atendimentos.
Para
o Dr. Rafael Hortegal, clínico geral, a maioria dos pacientes atendidos no
Hospital Dr. Jackson Lago são de cidades próximas, e não só de Pinheiro. No
setor de trabalho do médico, a maioria dos pacientes que atende são de Central
do Maranhão, Bacuri, Cururupu, Peri Mirim, e entorno.
“O
primeiro paciente internado aqui no dia 28 de agosto, veio do município de
Central e recebeu alta na semana passada, dia 18. Chegou aqui com a diabetes
descontrolada, muitas infecções fúngicas na pele e com sequelas de AVC.
Analisando a situação financeira da família, seria pouco provável que o
paciente tivesse condições de ir até São Luís procurar atendimento médico
especializado de alta complexibilidade. O tratamento foi feito aqui com uma
medicação que eu nunca tinha visto na região”, explicou Dr. Hortegal, que há
três anos trabalha na região da Baixada.
O
médico complementa que sente-se orgulhoso de ter sua formação aqui no Maranhão
e de poder continuar tratando dos maranhenses em um hospital do porte do Dr.
Jackson Lago. “Para mim é uma honra trabalhar em um hospital desse porte, pois
nesses três anos trabalhando nos municípios de Palmeirândia, Peri Mirim e
Mirinzal, locais com limitações no tocante ao tratamento médico, eu posso ver o
quanto é importante um hospital dispor de um suporte avançado e próximo”.
Por
todas essas comodidades, o pescador e morador de Peri Mirim, Sebastião Paulino
dos Inocentes, agradece o tratamento recebido. “Quero ficar logo bom, voltar a
pescar meus peixes e vender. Queria agradecer a Deus por ter colocado tanta
gente boa para cuidar de mim”, completou emocionado conta o pescador.
Durante
reunião da Comissão Intergestora Regional de Pinheiro (CIR), realizada na
sexta-feira (23) e que reuniu os gestores de 17 municípios para a assinatura do
Termo de Gestão Compartilhada, dentro dos parâmetros dos Conglomerados
Intermunicipais de Saúde, o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco,
comemorou o sucesso e o êxito do hospital neste primeiro mês de atendimento.
“Ficamos
muito satisfeitos pelo impacto assistencial que o Hospital Dr. Jackson Lago tem
dado aos municípios e, principalmente, aos maranhenses nesse primeiro mês de
funcionamento. O governador Flávio Dino luta para acabar com as ‘procissões de
ambulâncias’, termo usado pelo saudoso professor Jackson para falar da luta do
nosso povo em busca de um atendimento médico resolutivo”, destacou Marcos
Pacheco ao falar da importância da regionalização dos serviços de saúde.
O
secretário Marcos Pacheco, também explicou a importância de ser mantido o
atendimento nos hospitais municipais. “Já conversei com os prefeitos e
expliquei que, o Hospital da Baixada veio para somar, e que nenhum gestor
poderá fechar as portas dos hospitais municipais por cauda disso. Não é justo
com o povo! Pelo contrário, daremos as mãos e pactuaremos agora, em CIR, que
todos ajudarão uns aos outros, até chegarmos a um padrão aceitável que permita
diminuir o sofrimento das pessoas. O maior compromisso do governo Flávio Dino é
com elas e para elas”, pontuou Marcos Pacheco.
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