O tesoureiro petista João Vaccari, acusado de articular o desvio de recursos públicos para abastecer o caixa 2, é o segundo ocupante desse cargo, na direção nacional do PT, a ser preso de corrupção. O outro, Delúbio Soares, cumpriu pena de prisão no presídio da Papuda, no Distrito Federal, por envolvimento no escândalo do mensalão, no primeiro governo Lula.
Partido que tem dois tesoureiros presos em cinco anos já motiva ação judicial para o cancelamento do seu registro, segundo o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO) afirmou nesta quarta-feira.
"O PT não tem credencias de partido político, e sim de lavanderia. O partido é reincidente ao ter o tesoureiro Vaccari, sucessor de Delúbio Soares, flagrado e preso por arrecadar dinheiro desviado de empresas públicas para alimentar suas campanhas e encher os bolsos de seus dirigentes", comentou o democrata.
Para Caiado, a reincidência de irregularidades no alto escalão do legenda já é o suficiente para colocar em suspeição a legitimidade do grupo partidário e da reeleição da presidente Dilma.
"Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma foi beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais que suficiente para ela perder o mandato por corrupção", afirmou.
Para Ronaldo Caiado, a única oportunidade de João Vaccari se livrar de uma punição máxima entre os envolvidos na Operação Lava Jato seria em um acordo de delação premiada, onde ele poderia ajudar a Polícia Federal a chegar aos verdadeiros chefes e mentores do Petrolão.
"Vaccari tem a chance de falar a verdade e não arcar sozinho com as consequências. Pode denunciar os verdadeiros chefes desse esquema", sugeriu.
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