Pinheiro. Mais uma vez os pescadores artesanais que estão impedidos de trabalhar
desde 1º de dezembro passado, por causa do período de defeso das espécies de
piracema em rios no Maranhão, reclamam contra o atraso na liberação de parcelas
do Seguro Desemprego. A demora no pagamento do benefício ocorre na maior parte
do Estado.
Os trabalhadores alegam dificuldades
e o quadro se agrava no campo após dois anos seguidos de estiagem. A proibição
da pesca das espécies de piracema da água doce estende-se até o dia 30 de março,
de acordo com portaria do Ibama. O Seguro Desemprego prevê a liberação de
quatro parcelas no valor de um salário mínimo, R$ 724,00, cada.
A portaria do Ibama proibe a pesca
com o uso de malhas, o transporte, armazenamento, conservação, beneficiamento,
industrialização e comercialização dos peixes de piracema em todas as bacias hidrográficas
do Estado.
Nas colônias de pescadores e
associações comunitárias na região , a reclamação é geral por conta do atraso
no pagamento do benefício. "Mais uma vez os pescadores estão
prejudicados", disse o senhor Benedito pescador associado da Colônia Z 13.
"Considero esse atraso um desrespeito para com os trabalhadores
sofridos".
Antonio da Silva, outro pescador da
localidade Vila Mathias, com quatro filhos, disse que aguarda a liberação das
parcelas o quanto antes. "Já deveria ter sido liberado pelo menos uma
parcela", frisou. "Nós pescadores respeitamos o defeso, mas, desse
jeito seremos obrigado a pescar para não passar fome", disse.
De acordo com a presidente da Colônia
de Pescadores Z- 13, de Pinheiro,Selma Rodrigues, já houve reunião com os
pescadores onde ela avisou que estaria viajando até São Luis para buscar uma
solução já que os pescadores aptos têm a documentação devida. "O governo
precisa olhar para a situação dos pescadores e apressar a liberação do
dinheiro. Essa é uma cobrança que fazemos todos os anos". Garantiu a
presidente
Nenhum comentário:
Postar um comentário