JM Cunha Santos
Flavio Dino e João Castelo |
Se
Roberto Rocha for o candidato, a oposição perderá a vaga no Senado para Gastão
Vieira. A máquina do governo já se mexeu para colocar sessenta prefeitos no
lançamento da candidatura de Gastão, por sinal feito sem qualquer comunicação
ao presidente da Assembléia, deputado Arnaldo Melo e passando por cima das
manifestações de 25 deputados estaduais.
O
rolo compressor se moveu e não tem outro candidato com peso eleitoral na
oposição que não João Castelo par enfrentar essa máquina de abuso de poder.
Roberto Rocha, da mesma forma que se elegeu vice-prefeito, pretende se eleger
senador pendurado nos votos de Flávio Dino. Não tem cacife eleitoral para
disputar o Senado da República e isso já ficou demonstrado nas pesquisas de intenções
de votos.
O
governo sabe que não tem como eleger Edinho Lobão, que por si só é uma piada.
Por isso vai apostar todas as suas fichas (e olha que é muita ficha) na
conquista de mais uma cadeira no Senado da República.
Há
cenários em que João Castelo aparece com mais de 50 % das intenções de votos. A
lógica é simples: como candidato a
governador, Flávio Dino precisa de apoio popular. Acima de qualquer interesse
pessoal está a disputa pelo governo do Estado, a única que, se vencida pela
oposição, sacramentará o fim da oligarquia dos doleiros no Maranhão. Flávio
Dino precisa de um candidato a senador que some votos à sua candidatura.
Roberto Rocha não influi, nem contribui.
O
presidente do PSDB, Carlos Brandão, se não tem votos para se eleger deputado
federal, precisa ter o desprendimento necessário para concorrer a uma das
cadeiras da Assembléia Legislativa, cedendo a vaga de vice para Roberto Rocha.
Aliás, como presidente do PSDB, ele deve comandar esse processo de pacificação
dentro do Partido e de solidificação da chapa oposicionista. Estaria ajudando à
oposição e ao PSDB.
Disputa
de cargo majoritário é para quem tem voto. E muito voto. Se Roberto Rocha for o
candidato, a oposição vai perder a cadeira no Senado da República. E Flávio
Dino será um governador sem representante na Câmara Alta do país. Mais uma vez,
para azar do Maranhão.
Mas
parece que a oposição não se emenda.
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