Do Atual7
Investigada pela justiça desde o início de outubro, a prefeita do município maranhense de Açailândia, Gleide Lima Santos (PMDB), teve a ‘Fazenda Copacabana’, de sua propriedade, alvo de uma ação de busca e apreensão, na última terça-feira (19), por determinação do juiz Angelo Antonio Alencar dos Santos, titular da 1ª Vara da Comarca de Açailândia.
Informações obtidas com exclusividade pelo Atual7 dão conta de Gleide Santos estaria utilizando, há alguns meses, uma patrol, uma retroescavadeira e seis caçambas, pertencentes à Prefeitura de Açailândia, além de 15 prestadores de serviço ao município, para o benefício próprio.
Em certidão de cumprimento com finalidade atingida, o oficial de justiça responsável pelo mandato de busca e apreensão afirmou não ter encontrado os trabalhadores nas dependências da ‘Fazenda Copacabana’, nem as máquinas ou os veículos pertencentes ao município.
Na mesma certidão de devolução do mandado aos autos, o oficial informou, que foi constatado, porém, que serviços foram realizados recentemente na fazenda da prefeita, como empiçarramento da estrada que corta toda a extensão do local, além da construção de um açude e de uma área de lazer.
Fotos e vídeos das obras suspeitas foram anexadas ao processo, aberto à pedido do Ministério Público Estadual (MP/MA), que pode terminar com a cassação do mandato e suspensão dos direitos políticos de Gleide Santos.
Protestos
Levantamento feito pelo Atual7 constatou que, durante o período em que a Fazenda Copacabana era ‘reformada’, as ruas do município, que deveriam estar sendo recuperadas pela ‘força-tarefa’ criada pela prefeita, foram abandonadas pela gestão municipal.
Por conta do descaso, no último sábado (16), cerca de 300 populares se reuniram para fazer um novo protesto contra a administração de Gleide Santos. Eles interditaram um ponto de uma rua, em frente à loja e residência do vereador Sarney Moreira, líder do governo na Câmara Municipal de Açailândia, e atearam fogo em paus e pneus.
A reportagem apurou ainda que a manifestação de advertência teve como motivo a cobranças de IPTU pela prefeitura, apesar da completa falta de manutenção nas vias publicas do maior bairro da cidade, a Vila Ildemar.
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