Jornalista Cesar Bello,
Ainda não tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, mas, não ignoro sua ilustre ancestralidade. Fui amigo dos seus pais. A senhora Laura Bello e o Desembargador Luís Dactivo Bilio Bello, de saudosa memória, meu professor de Direito Comercial, na antiga Faculdade de Direito, na Rua do Sol.
Fiquei surpreso com o teor das suas postagens a meu respeito. De pronto, deduzi que você acolheu informações distorcidas sobre mim.
Infelizmente, apesar de ter nascido no seio de uma família com recursos econômico-financeiros razoáveis, não tive tempo para ser PLAYBOY, pois meus pais educaram-me à luz da lei, da caridade e do afeto, dentro dos mais rígidos padrões cristãos, morais e éticos, padrões conservadores daque época. Logo depois de completar 12 anos de idade, portanto um menino que ainda vestia calças curtas, a 1° de julho de 1953, fui admitido em Silva, Linhares & Cia, para aprender a trabalhar, exercendo as funções de office-boy, expediente no turno vespertino. A casa comercial tinha como principais sócios meu pai e meu padrinho. Trinta anos depois, com o falecimento do meu pai, passei à direção da mesma,permanecendo a função de diretor presidente até 1996, quando decidi encerrar minhas atividades profissionais, para dedicar-me exclusivamente aos meus carros antigos. Sou, com muito orgulho, o decano dos colecionadores de automóveis no Maranhão.
Português de nascimento, meu pai não era político sequer eleitor. Não obstante isso, cultivava laços de fraterna amizade com políticos, dentre eles, citaria os interventores Paulo Ramos e Saturnino Bello, o senador Victorino Freire, os governadores Eugênio Barros, Matos Carvalho, Newton Bello, Antonio Dino, Pedro Neiva de Santana e Osvaldo Nunes Freire, todos de conduta irretocável.
Como você vê, minha decisão de filiar-me ao PSB, juntamente com meu velho amigo Luiz Fernando Freire, ex-deputado federal, ex-senador da República e filho de Victorino Freire, nada tem de surpreendente. É consequência lógica do meu posicionamento político ao longo da minha vida, sob a ótica dos parâmetros democráticos que regem o Brasil.
As malévolas insinuações assacadas contra mim, no que diz respeito, também, sobre supostos pedidos contrariados relativos a empregos e apresentação de empresários à Prefeitura de São José de Ribamar e à SINFRA, nada mais são do que grosseiras inverdades. Gostaria que seu informante declinasse nomes.
Finalmente, quanto à eventual candidatura do meu irmão Luís Fernando Silva, de 58 anos, (ele é o 6° de uma prole de oito filhos, 14 anos mais novo do que eu) será em razão de seu livre arbítrio e aprovação do grupo ao qual pertence.
Menciono eventual candidatura baseado nas declarações do nobre senador João Alberto, meu amigo de velha data, prestadas ao Jornal Pequeno, página 3, edição de 28 de julho de 2013:
"João Alberto afirmou ao Jornal Pequeno que o nome do secretário Luis Fernando é o mais comentado no grupo e que "se as coisas continuarem do jeito que estão, pode ser ele o candidato. Mas ainda não existe decisão definitiva. Vamos continuar conversando e avaliando".
Cordialmente,
Fernando Silva
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