quarta-feira, 16 de maio de 2012

Caos na Rede Estadual de Educação


Deputados criticam descaso do governo Roseana com estudantes do MA

Deputados ocuparam a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (15), para denunciar o descaso da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) com milhares de estudantes do ensino médio no estado.
Primeira a se pronunciar, a deputada Cleide Coutinho (PSB) informou que no município de Caxias, localizado na região dos Cocais, a situação pior é constatada nos anexos do Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves, situados nos povoados Rodagem, Buruti Corrente, Cabeceira dos Cavalos e Chapada, que ainda não estão funcionando porque aguardam a contratação de professores. “Na sede de Caxias, as escolas funcionam normalmente”, disse.
Segundo ela, os anexos dos povoados Nazaré do Bruno, Estiva e Alecrim também enfrentam problemas, porque estão funcionando precariamente e alternadamente, também por falta de professores, que devem ser admitidos por concurso público, promovido pelo Governo do Estado, que é o responsável pelo ensino médio.
Para a deputada, os estudantes da Zona Rural já são sacrificados por razões que todos conhecem e a ainda não dispõe do mínimo que o governo tem o dever e a obrigação de oferecer: a regularidade e a eficiência do ensino em todos os municípios do Estado do Maranhão.
A parlamentar estranha o fato do secretário de Educação desconhecer a falta de professores para iniciar as aulas nos povoados de Caxias. “Não sou advogada, sou médica. Mas, sei que existem maneiras de promover a contratação dos professores”, afirmou.
Finalizando, Cleide Coutinho afirmou que todos não podem é continuar assistindo, de braços cruzados, os filhos das famílias pobres da zona rural de Caxias não ter direito ao aceso à educação. “A governadora Roseana Sarney sempre disse que governar bem é cuidar do povo. Mas ela não está cuidando nem dos estudantes”, lamentou.
Em seguida, o líder do Bloco Parlamentar de Oposição, Marcelo Tavares (PSB), disse que 40% das escolas de ensino do Maranhão estão sem aulas por falta de professores.
“Eu espero que o governo do Estado saiba aproveitar este programa, interagir com as políticas públicas do Estado e fazer disso uma alavanca importante para o futuro do Maranhão com essas crianças. E aí a gente compara com a negação do ensino médio, principalmente nas escolas da zona rural, nós ficamos preocupados com isso”, revelou.
O parlamentar se solidarizou com o discurso da colega de partido, Cleide Coutinho (PSB), que teceu críticas ao ensino estadual. “Os números que chegam ao meu conhecimento é de que 40% da rede estadual de ensino não está funcionando adequadamente, por falta de professores, e nós estamos nos aproximando na metade do ano letivo. Com isso, o Estado do Maranhão deixa de cumprir uma missão primordial, talvez a mais importante de um Governo, que é propiciar a chance da melhoria de vida aos maranhenses através da educação”, afirmou Marcelo Tavares, tecendo críticas também à Secretaria de Educação do Estado.
Por último, o deputado Othelino Neto (PPS) também criticou o descaso do governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação (Seeduc), com milhares de estudantes do ensino médio de alguns municípios do Maranhão.
Segundo ele, as escolas estaduais dos municípios de Alto Alegre, Presidente Sarney e de Pinheiro ainda não iniciaram o ano letivo. “A situação em Pinheiro é ainda mais humilhante. Os estudantes foram duramente reprimidos pela Polícia Militar, quando protestavam contra a falta de aulas”, lamenta.
Para Othelino, o que está acontecendo em Alto Alegre e Presidente Sarney é realidade no município de Paulino Neves. De acordo com Othelino, por falta de professores, ainda não começou o ano letivo na única escola do município, que está prestes a cair. “O FNDE liberou cerca de R$ 800 mil para construir a nova escola”, disse.
O parlamentar reconhece que a Prefeitura de Paulino Neves já fez sua parte da contrapartida do governo federal para construir a escola, cedendo o terreno para erguer o prédio. “Por falta de interesse e burocracia do governo do Estado, a Escola de Paulino Neves ainda não foi construída”, lamenta.
Na avaliação e Othelino, esse é mais um caso que evidencia um problema grave, eminentemente por falta de gestão na área da educação do Maranhão. Ele reafirmou que não adianta colocar a culpa no Ministério Público que fez uma recomendação, em função da forma usada pelos gestores para contratar professores.
“Na realidade, é o concurso é a forma democrática, legítima e legal para contratar os professores. Ao invés de realizar um simples seletivo, o governo deve promover o concurso, que cria o vínculo e fortalece o quadro de professores e o sistema educacional do Maranhão”, disse Othelino. (Com informações da Agência Assembleia)

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