O deputado André Fufuca (PP-MA) está em campanha para assumir a relatoria da CPI Mista do 8 de janeiro, no Congresso. Ele é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a quem caberá a escolha, mas a fila é grande. O PT quer o controle do colegiado, para eliminar riscos de aprofundamento das investigações, e ainda exige o posto de relator, para além da presidência. O escândalo dos vídeos sugerindo a participação do governo Lula no vandalismo tornou a CPMI inevitável.
Esqueçam o que falei
Antes empenhado em impedir a CPMI, com o presidente do Senado fazendo manobras para evitá-la, o governo Lula mudou de posição.
Objetivo é ‘melar’
Para o senador Eduardo Girão (Pode-CE), a mudança de curso do governo em relação à CPMI objetiva “melar as investigações”.
Como no mensalão
Como a CPMI ficou incontornável, o governo resolveu investir pesado, como nos tempos do mensalão, para garantir sua maioria e o controle.
Quem irá definir
Após a leitura do requerimento da CPMI, quarta (26), os líderes dos blocões definirão seus representantes no colegiado.

CPI do Dia 8 prova a força de Lira e dos ‘blocões’
Após a desistência do governo Lula (PT) de tentar barrar a CPI mista que vai investigar os atos de 8 de janeiro, a principal disputa no Congresso é pela divisão de cargos na comissão. Lulistas apostam em fazer maioria e controlar a CPI, mas isso depende de bancadas e blocos partidários, além de consenso entre os líderes. A oposição considera a comissão um “instrumento da minoria” e não abre mão de cargos estratégicos na CPI.
Xadrez de holofote
Maiores forças da Câmara, blocões (e Lira) controlam cargos da Câmara na CPMI. O governo aposta nos cargos do Senado, onde é maioria.
Composição
O presidente da CPMI, que controla o ritmo da comissão, e o relator, que controla o resultado da investigação, serão um deputado e um senador.
Mudança estratégica
Até o governo Lula II, cabia ao partido que propôs a criação da CPI a relatoria ou presidência da comissão. Ele acabou com isso.
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