Aliados e satélites do Governo do Maranhão tentaram emplacar, nesta quarta-feira (17), uma narrativa de que o valor mais alto pago por um respirador durante a pandemia da Covid-19 foi de R$ 49,5 mil.
O objetivo parece claro: minimizar o estrago que foi o calote tomado, via Consórcio Nordeste, na compra de aparelhos da China, que, como já se sabe, nunca foram entregues (se não sabe ainda, saiba aqui).
A narrativa governista, no entanto, carece de correção matemática.
Senão, vejamos…
De acordo com uma nota oficial da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan) do Maranhão, o governo Flávio Dino (PCdoB) pagou U$ 902,8 mil pelos respiradores. Na cotação do dia da compra, isso equivale a R$ 4,9 milhões.
Segundo o Contrato de Rateio nº 01/2020 – assinado por todos os governadores consorciados e no qual foram especificados os valores devidos por cada um e a quantidade de respiradores a que teriam direito -, o Maranhão levaria 30 dos 300 aparelhos adquiridos.
A conta, portanto é simples: se foram pagos R$ 4,9 milhões por 30 respiradores, o total, por respirador, é de R$ 163,3 mil. Mas os governistas querem que você acredite que o respirador mais caro já adquirido pelo Maranhão custou menos de um terço desse valor.
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