Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, o Maranhão registrou uma alta de 20,6% de mortes violentas no primeiro quadrimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do índice nacional de homicídios do Monitor da Violência, ferramenta criada pelo G1, baseada em dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA).
Ao todo, nos primeiros quatro meses deste ano, o estado registrou 556 mortes violentas entre homicídios dolosos (incluindo feminicídios) latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Já no mesmo período de 2019, foram 465 ocorrências.
Com isso, os dados apontam que Maranhão ficou entre os 19 estados do país que registraram alta no número de assassinatos durante o período. A média no estado é maior que a nacional, que ficou em 9%.
Brasil teve alta no número de vítimas nos primeiros quatro meses do ano — Foto: Rodrigo Sanches/Arte
Alta em abril
O levantamento mostra que também que o estado teve um crescimento de 11,3% no número de assassinatos, quando comparado com o mesmo período de 2019. Em abril deste ano, 128 pessoas morreram de forma violenta no estado e em 2019, foram 115 crimes.
Os dados chamam atenção, já que durante o mês de abril foram implementadas medidas de isolamento e distanciamento social mais rígidas no estado, como a suspensão por semanas das atividades comerciais no estado e a adoção obrigatória de máscaras em locais públicos.
Maranhão registra alta no número de mortes violentas em abril de 2020. — Foto: Arte/G1
Como o levantamento é feito
A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
Jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O governo federal anunciou a criação de um sistema similar ainda na gestão do ex-ministro Sergio Moro, em março do ano passado. Os dados, no entanto, não estão atualizados como os da ferramenta do G1.
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