sexta-feira, 24 de abril de 2020

Moro sai e denuncia interferência de Bolsonaro na Polícia Federal

O ex-juiz Sérgio Moro decidiu abandonar o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Ele convocou a imprensa para um “pronunciamento”, às 11h, atribuindo sua decisão às tentativas de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. “Fazer a coisa certa, sempre”, disse ele, resumindo sua decisão.
Disse que teve apoio do presidente da República nos diversos programas, mas, segundo ele, desde o segundo semestre de 2019, Jair Bolsonaro passou a pressionar pela substituição do diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, após determinar a demissão do superintendente da instituição no Rio de Janeiro.
Moro afirmou que sai do cargo porque perdeu as condições de preservar a autonomia da PF. “Eu não tinha como aceitar essa substituição”, disse ele, informando inclusive que a demissão de Valeixo tenha sido “a pedido”. Moro denunciou que não assinou o ato, como informa a publicação no Diário Oficial.
Ele também lembrou que lhe foi prometida autonomia pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro, no momento em que o convidou a assumir o cargo, para a composição de todos os quadros de assessoramento, incluindo a direção da PF.
Moro revelou também que a única condição que impôs para aceitar o convite foi a de que, se algo lhe ocorresse, no combate à corrupção e ao crime organizado, sua família não ficasse desamparada sem uma pensão para seu sustento.

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