quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

O eleitor imbecil e o assassinato de gerações (I Parte)


Por: Welliton Resende II

Tal qual o analfabeto político retratado no brilhante texto do dramaturgo alemão Berthold Brecht, no Maranhão de hoje estamos diante de um novo-velho personagem: o eleitor imbecil.
E como se faz para reconhecer este tipo bem característico? Muito fácil, pois aqui por estas bandas as pessoas costumam ser cidadãs apenas no período eleitoral e, o que é pior: condicionam o exercício dessa cidadania à errônea "filosofia" tupiniquim de tirar vantagem de tudo.
Este eleitor, após anos à margem de políticas públicas, elaborou o seguinte raciocínio: vou aproveitar a eleição para extorquir os maus políticos.
E é por isso que surge o fenômeno da agiotagem em campanhas eleitorais. Pois os políticos precisam de muito dinheiro para alimentar os bolsos do eleitor imbecil.
Isso porque o nosso personagem título sempre condiciona o seu voto a algum tipo de benesse do candidato. Quer seja uma dentadura, quer seja um emprego na prefeitura para um parente. O estupro da Administração Pública se inicia com a eleição e aqui também se inicia o assassinato de gerações.

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