É inédito e estranhamente esquisito o caso de uma candidatura ao Governo do Maranhão lançada a partir da Capital Federal, mas é isso mesmo.
Pretendente ao cargo mais importante da política maranhense, o senador Roberto Rocha vai anunciar finalmente sua candidatura a partir de…
…seu gabinete em Brasília.
Até Zequinha Sarney, que mal pisa no Maranhão, e mais vive no Rio de Janeiro quando não despacha em Brasília, teve a decência de vir ao estado para se lançar candidato ao Senado.
Mas, a falta de lideranças locais (de seu novo partido PSDB ou de qualquer outro) que se prestassem a ir para lhe ovacionar, fez com que Rocha buscasse abrigo no único local seguro que tem até 2022: o ar condicionado de seu gabinete em Brasília, conseguido, vale lembrar, debaixo do sovaco pelo apoio do governador Flávio Dino.
A DEBANDADA DO NINHO
Roberto Rocha é indigesto. É certo que todos os grandes nomes do PSDB no Maranhão deixem o ninho tucano com a chegada do senador expulso do PSB. Nomes como Neto Evangelista, Carlos Brandão, entre outros.
Assim como é certo que aqueles que permanecerão no ninho, como é o caso do ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, maior “entusiasta” da candidatura de Rocha ao governo, não botam assim tanta fé na capacidade de alçar voos tão altos do senador.
Traído pelo próprio inconsciente, Madeira declarou recentemente que seu desejo era sair candidato a senador em 2018, mas desistiu porque precisaria de uma candidatura forte ao governo do estado para lhe dar suporte na disputa. Ôxi, ele não acredita na força de seu candidato? 
E assim, segue o “fortíssimo” senador do Maranhão: expulso de um partido, mal recebido no outro, lançando candidatura à distância, sem credito dentro do novo partido, sempre desagregador. Aí, é roça. Digo: aí, é Rocha.
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